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Cuidados dos idosos com a desidratação nos dias de calor

Publicado em 08/01/2016 Editoria: Saúde Comente!


O alerta é de Clovis Cechinel, geriatra do Lâmina Medicina Diagnóstica

 Durante os meses mais quentes do ano os idosos devem ter ainda mais cuidado com a desidratação e criar o hábito de ingerir líquido mesmo que não tenham sede. Este é o alerta de Clovis Cechinel, geriatra do Lâmina Medicina Diagnóstica. Segundo o médico, os idosos acabam não sentindo sede como os jovens e, por isso, só sentem a desidratação quando ela fica mais grave. O geriatra explica que a desidratação acontece quando a eliminação de água do corpo é maior que a sua ingestão. Ele orienta que o vômito, a diarreia, o uso de diuréticos, o calor excessivo, a febre e a redução da ingestão de água, por qualquer razão, podem acarretar na desidratação.

De acordo com Cechinel, no caso de idosos, para a desidratação ser considerada grave não precisa estar associada a grandes perdas como as explicadas acima. Basta o dia estar quente ou com baixa umidade no ar que o idoso irá perder mais água pela respiração e pelo suor, por conta da maior sensibilidade do organismo. "Se não houver reposição adequada, a desidratação é certa. A sensação de sede reduzida, o uso de medicamentos que induzem ao aumento do volume urinário, bem como a função renal diminuída e a incontinência urinária aumentam o risco de desidratação.

Cechinel avisa que tomar água em abundância com regularidade pode evitar todos esses transtornos e garantir uma boa saúde. "A ingestão de líquidos deve ser incorporada à rotina, independentemente de o idoso estar em casa ou não. E vale lembrar que refrigerante e cerveja não devem substituir a água", reforça.

Uma sugestão de Cechinel é ter sempre uma garrafinha ou um copo de água por perto, mesmo quando os idosos não estiverem em casa. "Algumas vezes a falta de ingestão de água é relacionada com a dificuldade de segurar a urina, o que constrange muitos idosos. Mas manter o corpo hidratado deve ser a principal preocupação deles", fala.

O geriatra lembra que o ideal é garantir que a quantidade de líquidos ingerida seja mais ou menos igual às perdas (urina, suor, lágrimas e saliva) e em pequenas doses. "Copos cheios de água causam uma sensação de plenitude gástrica desconfortável para o idoso. É melhor ingerir em pequenas quantidades, várias vezes ao dia. Além disso, colocar sabor na água, por meio de sucos e refrescos, é uma estratégia eficaz para conseguir ingerir a quantidade de líquidos desejada", comenta.

Diagnóstico e tratamento da desidratação      

Cechinel ressalta que na desidratação acontece uma insuficiência pré-renal, sendo recomendada a mensuração de alguns eletrólitos (sódio e potássio), bem como indicadores da função renal (uréia e creatinina), podendo ser importantes para avaliar o grau de desidratação e as possíveis causas, assim como exames de urina, pois a concentração da urina pode refletir o grau de hidratação do paciente. "Um hemograma completo pode ser também solicitado se o médico achar que uma infecção subjacente está causando a desidratação. Outros exames de sangue, como testes de função hepática, podem ser indicados para encontrar as causas dos sintomas", conta.

Dicas sobre como evitar a desidratação

- Beba água em grande quantidade, sempre. A recomendação em dias quentes é cerca de 2 litros por dia.

- Não se esqueça de tomar água ou água de coco quando praticar exercícios físicos.

- Lave e armazene os alimentos de forma adequada para evitar contaminação, vômitos e diarreia.

- Vista roupas leves.

- Em caso inicial de desidratação, o soro caseiro pode ser utilizado. Se mesmo tomando as medidas preventivas não houver melhora, o médico deve ser procurado para que medidas maiores sejam tomadas.

› FONTE: Karin Villatore

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