A Aliança Energia, parceria entre a elétrica Cemig e a mineradora Vale, responsável por duas das quatro usinas no rio, disse que ainda estuda as consequências do incidente sobre os equipamentos e reservatórios dos empreendimentos.
"Diversos estudos técnicos estão sendo realizados visando a avaliação das condições operacionais dos equipamentos e sistemas eletromecânicos fundamentais para a geração", disse a Aliança à Reuters, em nota.
A companhia, que opera as hidrelétricas de Candonga, primeira a ser atingida pelos rejeitos da barragem, e Aimorés, disse que "está realizando estudos para quantificar" impactos financeiros na geração de energia e prejuízos às instalações e infraestrutura de suas usinas.
Já a hidrelétrica de Baguari, que pertence a Neoenergia, Cemig e Furnas, da Eletrobras, afirmou em nota que "algumas ações estão sendo tomadas para avaliação das condições do reservatório e qualidade da água para o retorno das máquinas".
De acordo com as empresas, estão sendo realizados também estudos sobre a deposição dos sedimentos no reservatório da usina e uma apuração de possíveis danos.
As usinas paradas somam um total de cerca de 790 megawatts em potência instalada --cerca de 1 por cento da capacidade hidrelétrica do país, o que faz com que o incidente não chegue a ameaçar a segurança do suprimento.
Além dessas usinas maiores, uma pequena hidrelétrica do Grupo AVG, com 1,8 megawatt, foi totalmente destruída pela lama que tomou o Rio Doce logo no mesmo dia do estouro da barragem da Samarco.
Procurada, a Samarco não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.
› FONTE: Reuters