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Santa Catarina registra quase 20 mil casos de queimaduras por água-viva

Publicado em 08/01/2016 Editoria: Geral Comente!


Foto: Joaquim Cavaco/Flickr

Foto: Joaquim Cavaco/Flickr

Calor da água e época de reprodução desses animais explica fenômeno

Desde 1º de outubro, início da pré-temporada da Operação Veraneio, foram registrados quase 20 mil casos de queimaduras por água-viva nas praias catarinenses. Na região Sul do estado, foram 13,4 mil casos e em Florianópolis, 6,2 mil. Já em Itajaí ocorreram 75 e Balneário Camboriú, 64.

De acordo com a bióloga do projeto Tamar Camila Trentin, o aumento da temperatura da água é uma hipótese para explicar a presença frequente de águas-vivas no litoral de Santa Catarina.

“Há várias hipóteses que ajudam a entender isso, entre elas também está o fato de ser a época de reprodução desses animais. Outra questão é a diminuição dos predadores naturais, que são peixes e tartarugas marinhas, estas últimas ameaçadas de extinção. As águas-vivas que ocorrem no Brasil não trazem risco de morte, é um pouco mais perigoso para pessoas que podem ter alergia à toxina da água-viva”, explica Camila.

Cuidados

O aspirante do Corpo de Bombeiros Marco Massareni diz que ao sofrer uma queimadura, a vítima deve procurar um posto de guarda-vidas imediatamente.

“Lá será colocada gase sobre a lesão e, na sequência, o vinagre sobre a gase. Isso impedirá a liberação das toxinas. Caso você não tenha um posto de guarda-vidas próximo,  pode aplicar o vinagre, só que, em vez da gase, pode utilizar um tecido, talvez uma camiseta de algodão. Se não tiver vinagre, pode aplicar a água do mar. Se tiver febre ou náuseas, deve procurar um posto de saúde”, diz o bombeiro.

Orientação

Segundo Massareni, em hipótese alguma se deve colocar água potável sobre o ferimento, tampouco esfregar o local, pois poderia provocar a queimadura em outra parte do corpo.

“De forma alguma é recomendado fazer raspagem com gilete. Para evitar a queimadura por água-viva, antes de entrar no mar, verifique com os guarda-vidas, se é alta a incidência desses animais, naquele dia e naquele local. Se for, não entre no mar. Para as crianças, é importante ensinar a elas o que é a água-viva e falar para que ao verem o animal no mar ou na areia, não devem nunca tocá-lo”, frisa.

› FONTE: G1 SC

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