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Governo do Estado trata do plano de ação para combate do mosquito Aedes aegypti com municípios infestados

Publicado em 07/01/2016 Editoria: Saúde Comente!


 “O combate ao mosquito Aedes aegypti é, hoje, uma preocupação de Governo e precisamos da mobilização de todos para que tenhamos um verão melhor do ponto de vista da dengue do que foi a temporada passada, quando registramos a primeira epidemia da doença no Estado”. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, dia 6, pelo secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, na abertura da videoconferência realizada com representantes dos 28 municípios considerados infestados pelo mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika.

O objetivo da videoconferência foi a apresentação do Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes Aegypti e o reforço da importância da criação das Salas de Situação locais nesses municípios, as quais devem ser implantadas até a próxima sexta-feira, 8. “Vamos dar o exemplo, trabalhando de forma coordenada e integrada, envolvendo todos os órgãos parceiros nessa ação. Somente teremos êxito se conseguirmos criar uma cultura preventiva na população”, complementou o secretário de Defesa Civil, Milton Hobus.

A videoconferência foi conduzida por Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) e coordenadora da Sala de Situação estadual. “Esse trabalho já vem sendo realizado há muitos anos, mas, com o panorama nacional atual, é preciso que as ações sejam intensificadas. Estamos propondo uma forma diferente de executar essas ações para obtermos uma redução da população do mosquito capaz de interromper a transmissão das doenças”, enfatizou.

Os municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti são Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim.

De acordo com Suzana, para a implantação das salas de situação locais e para a execução do plano, os municípios não precisarão contratar pessoal nem dispender recursos financeiros. A recomendação é o envolvimento de parceiros que já existem no município para composição da sala de situação, como, por exemplo, Vigilâncias em Saúde, Atenção Básica; Gerências Regionais de Saúde; Defesa Civil; Corpo de Bombeiros; Polícia Militar; Secretaria de Educação e Secretaria de Obras/Infraestrutura.

“A Sala de Situação é muito importante para coordenar as ações e para facilitar a comunicação das necessidades dos municípios à sala estadual para que possamos solicitar apoio à federal, como, por exemplo, a atuação das Forças Armadas para reforço de pessoal”, acrescentou Eduardo Macário, diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina. “A combinação de calor, chuvas e aumento do número de turistas no Estado representa uma bomba-relógio se a população do mosquito não for diminuída”, disse.

Visitas aos imóveis

A primeira ação a ser coordenada pelos municípios é a visita a todos os 400 mil imóveis localizados nas áreas infestadas até o dia 12 de fevereiro. Um segundo ciclo de inspeções deverá ser realizado até 11 de março, com repetições bimestrais entre a segunda quinzena de março e junho de 2016.

As visitas aos imóveis serão realizadas em etapas, inicialmente pelos agentes comunitários de saúde, que serão capacitados para prestarem orientações de prevenção aos moradores e para o recolhimento de pequenos recipientes inservíveis, que podem servir de criadouros ao mosquito, como garrafas, lixo, pratinhos de plantas, pneus velhos, entre outros. A capacitação dos agentes comunitários de saúde será realizada nesta sexta-feira, via webconferência.

Recipientes de difícil acesso, como calhas, lajes e caixas d&39;água serão identificados para uma vistoria posterior a ser realizada em parceria com o Corpo de Bombeiros. Equipes de agentes comunitários de endemias farão o tratamento químico desses potenciais recipientes não-elimináveis, como caixas d&39;água sem cobertura e lajes que não podem receber drenagem. Os imóveis que estiverem fechados deverão ser revisitados.

A inspeção deverá incluir os terrenos baldios e as praças públicas. “Essa ação não pode ser postergada, sob pena do aumento da população do mosquito e a reinfestação de uma área. O município precisa de uma ação coordenada entre os órgãos para esses terrenos e praças sejam limpos e os recipientes inservíveis sejam retirados e tenham o destino adequado”, ressaltou Suzana.

“Com isso, busca-se intensificar o controle vetorial nas áreas infestadas de forma a atingir Índices de Infestação Predial abaixo de 1% no Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa)”, detalhou João Fuck, porta-voz da sala de situação e coordenador estadual do programa de controle da dengue.  Dados do LIRAa realizado em novembro mostram índices de infestação pelo Aedes aegypti de até 6,3%.

A Sala de Situação do Estado funciona na sede da Dive/SC, em Florianópolis, e é composta por representantes da Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Defesa Civil, Secretaria de Estado do Planejamento, Ministério da Defesa e de outros órgãos convidados. O Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti está alinhado ao Plano Nacional, e foi estabelecido para auxiliar as prefeituras na organização e execução de atividades com o propósito de reduzir a infestação e a possibilidade de ocorrência de epidemias de dengue, chikungunya e zika nesses municípios.

› FONTE: Diretoria de Vigilância Epidemiológica / Secretaria de Estado da Saúde

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