O ano de 2015 trouxe muitas conquistas para o agronegócio catarinense, com destaque para dois acontecimentos: a certificação internacional como zona livre de peste suína clássica e o início da demarcação das fazendas marinhas do estado. Santa Catarina foi destaque nacional e internacional pela excelência sanitária de seus rebanhos e pelo profissionalismo de seus agricultores e pescadores.
Este ano, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca deu prioridade também às ações voltadas para incentivar os jovens a permanecerem na atividade agrícola, melhorando a infraestrutura no campo e capacitando os futuros empreendedores do meio rural. A Secretaria da Agricultura atuou como parceira dos produtores rurais, promovendo ações e programas para desenvolver o setor.
No primeiro semestre, a Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aprovou o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul como zona livre de peste suína clássica (PSC). Em maio, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira e o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, acompanhados de representantes do setor produtivo, estiveram em Paris, na França, para receber a certificação internacional e renovar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação.
De acordo com Sopelsa, as conquistas fazem de Santa Catarina uma referência em qualidade e defesa sanitária, fortalecem o setor agropecuário e trazem a possibilidade da abertura de novos mercados para a carne suína catarinense. Lembrando que Santa Catarina e o Rio Grande do Sul foram os únicos estados brasileiros a receberem tal reconhecimento. “Esta foi uma conquista de todos os produtores catarinenses, foi o reconhecimento pela dedicação do setor produtivo e do setor público que nunca deixaram de buscar a excelência sanitária dos nossos rebanhos”.
Numa iniciativa pioneira, Santa Catarina se tornou também o único estado do país a ter seus parques marinhos ordenados e regularizados. O secretário Sopelsa explica que os produtores de ostras e mariscos do Litoral catarinense passaram a ser os primeiros a terem áreas demarcadas, dentro do mar, para que possam cultivar com mais segurança e profissionalismo.
Ao todo serão 812 fazendas marinhas, de 1,5 hectare em média, demarcadas desde Palhoça até São Francisco do Sul. Para a demarcação das áreas, foram usadas 3.280 boias, que servirão também para orientar as ações de gestão e fiscalização do uso da costa. Os investimentos foram realizados em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura.
Fortalecimento das agroindústrias familiares
Para continuar evoluindo, o Governo do Estado busca inspiração em experiências do México e do Canadá como foco no fortalecimento das agroindústrias familiares. Os dois países contam com centrais onde os empreendedores podem se estabelecer temporariamente para começar e consolidar suas agroindústrias. Uma missão catarinense visitou essas estruturas e estuda adaptá-las à realidade de Santa Catarina, provavelmente dentro do Programa SC Rural.
Com a finalidade de incentivar os jovens a permanecerem no meio rural, a Secretaria da Agricultura investiu em melhorias da infraestrutura e da qualidade de vida no campo. Em agosto, mais de mil jovens, que passaram pelos cursos de formação em Liderança, Gestão e Empreendedorismo promovidos pelo Programa SC Rural, participaram de um encontro em Lages onde puderam trocar experiências e conhecer as políticas publicas voltadas para o setor agropecuário.
“Reunimos jovens de todo o estado em Lages e conseguimos passar uma mensagem de otimismo para que eles continuem acreditando na agricultura. Esses serão os futuros líderes do meio rural, eles darão continuidade à atividade de seus pais com profissionalismo, investindo em tecnologia e buscando conhecimento. Vemos uma nova geração de agricultores surgindo”, destaca Moacir Sopelsa.
Novos Programas
Em 2015, a Secretaria da Agricultura lançou dois novos programas, um voltado para o melhoramento da piscicultura e outro para incentivar a irrigação das pastagens e lavouras. O Programa de Melhoramento da Piscicultura, através do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural (FDR), irá emprestar os recursos necessários para aquisição de kits com equipamentos básicos para o acompanhamento das condições do cultivo.
Já com Programa Irrigar, os agricultores podem contrair financiamento para investir na irrigação das pastagens ou lavouras, sendo que a Secretaria da Agricultura subvenciona parte dos juros. O secretário Sopelsa acredita que o Programa Irrigar pode trazer um salto de produtividade para o setor leiteiro. Baseado em experiências de agricultores que já utilizam a irrigação nas pastagens, a lotação por hectare passou de quatro para até oito vacas e o aumento de produtividade de leite foi de 25% por vaca/ano. Em um ano, a produção de leite por hectare quase dobrou.
Além disso, devido às perdas na agricultura da região do Alto Vale do Itajaí por causa do excesso de chuvas, a Secretaria lançou dois programas emergenciais para auxiliar os produtores rurais com a subvenção para aquisição de sementes de arroz e de soja. “O ano de 2015 foi um bom ano para a agricultura catarinense. Tivemos algumas dificuldades, mas também comemoramos grandes conquistas. Entramos 2016 com esperanças de um ano ainda melhor para todos os agricultores catarinenses”, conclui.
› FONTE: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca