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Novo comando da Fazenda deverá superar desafios estruturais em 2016

Publicado em 23/12/2015 Editoria: Economia Comente!


Expectativa com a vinda de Barbosa é de ajuste fiscal aliado a medidas de reaquecimento da economia em curto prazo

&8203;&8203;Com a troca de ministros na pasta da Fazenda, efetivada nesta segunda-feira com a saída de Joaquim Levy e ascensão de Nelson Barbosa, reconhecido pelo viés "pró-crescimento", o Governo Federal acena para mudanças na política econômica.

Para que este novo panorama se concretize, o Governo precisa enfrentar os estruturais desafios do país, que necessariamente passam pela elevação da produtividade da economia brasileira, conforme avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

"O novo ministro deve se apegar a um receituário conhecido, mas há muito esquecido: rever os gastos obrigatórios, simplificar e desburocratizar a carga tributária e trabalhista e criar condições para o investimento em infraestrutura e inovação, premissas para que o país enfrente de forma sustentável esse cenário recessivo e economicamente instável. Esses elementos são essenciais para que a travessia deste período não traga mais prejuízos aos brasileiros com elevação de carga tributária e suas consequências a toda a população", pondera Breithaupt.

O novo comando no Ministério da Fazenda deve levar em conta o modelo de gestão de recursos posto em prática em alguns estados, como em Santa Catarina, sem onerar o setor produtivo com o aumento da carga tributária.

Compromisso catarinense

"É fundamental que a atividade econômica seja incentivada e não punida. Apostar no ajuste fiscal com aumento da receita por meio de impostos, em que o Estado joga o problema para a população, desaquecendo a economia e enxugando as empresas, é uma fórmula perigosa. Se passarmos por 2016 sem aumentar os impostos, ganharemos musculatura para interromper a crise. Somado ao desfecho político, viramos a página e vamos retomar nosso crescimento", destacou o Secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, em palestra para os Conselheiros da Fecomércio SC, na semana passada em Florianópolis.

&8203;Com um discurso otimista, o secretário falou sobre os diferenciais de Santa Catarina e o estímulo aos setores estratégicos do Estado para minimizar os efeitos da crise. "Se hoje ainda temos a menor taxa de desemprego do país é muito por conta da coragem dos senhores. Pela terceira vez consecutiva, o Estado é destaque no cenário nacional com 4,4%, frente ao índice de 8,9% no país", afirmou o secretário ao grupo de empresários, que representam o setor de comércio de bens, serviços e turismo, responsável por empregar 1,5 bilhão e por 67% do PIB catarinense.

Segundo Breithaupt, o DNA empreendedor e a diversificação econômica serão o motor de recuperação de SC frente aos outros Estados. "A atual conjuntura brasileira compromete a expectativa dos empresários do comércio, por que os dados econômicos são invariavelmente afetados pelas decisões políticas. Nossa vantagem é que o catarinense sempre buscou inovação, criatividade e produtividade em seus negócios, conquistando indicadores sociais e econômicos entre os melhores do país", afirma.

O dinamismo econômico e o rigor fiscal fazem com que SC continue competitiva em 2016, garante Gavazzoni. "Mesmo diante de um cenário negativo, mantemos as contas do Estado em dia, com equilíbrio financeiro e responsabilidade fiscal, o que faz com que muitas empresas estrangeiras queiram investir no Estado, uma das Federações menos endividadas e tributariamente mais baratas do país", avalia.

› FONTE: Imprensa Fecomércio/SC

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