Segundo estudo do Cepa/Epagri, safra de cebola deve ser 30% menor.
O excesso de chuva entre os meses de setembro e novembro em Santa Catarina causou prejuízos no setor agrícola. A cebola deve ter uma colheita 30% menor do que a esperada. O trigo também foi impactado com uma redução 26%. Os produtores de milho vão colher 7% a menos do que o esperado.
A estimativa de perdas na safra 2015/16 é da Secretaria da Agricultura e da Pesca e foi divulgada nesta quinta-feira (17) em um relatório elaborado com base em um estudo do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri).
Milho, soja e trigo
De acordo com o levantamento, a produção de milho foi uma das mais afetadas, com uma redução de área plantada de 4,22%, que deve diminuir a produção em 3,94%. Isso representa uma quebra de 117 mil toneladas em relação ao que era esperado da colheita.
A região produtora de milho mais afetada foi o Vale do Itajaí, em municípios como Ituporanga, com uma redução de 58% da produção e 55% de produtividade.
Os produtores de soja sentirão menores impactos, apesar do atraso no plantio, o grão tem se desenvolvido normalmente. Porém, o excesso de chuvas e a pouca luminosidade causaram a redução da produtividade e, consequentemente, da produção esperada para a safra 2015/16. As estimativas são de que o estado colherá 7% a menos do que o esperado, o que representa cerca de 159 mil toneladas.
O trigo sofreu com o excesso de chuva, geadas e o granizo. A estimativa é de que a produção tenha uma redução de 26%, com um rendimento médio reduzido em 24%. A quebra na produção em Canoinhas e Curitibanos ultrapassa os 40%.
Menos cebola e uvas
No Vale do Itajaí, em cidades como Ituporanga e Rio do Sul, a produção de cebola foi a mais afetada com uma redução na produção e na produtividade maior do que 50%. Segundo o estudo do Cepa/Epagri, a safra será 30% menor do que o esperado.
Na produção de frutas, as culturas mais afetadas são maçã e uva. Os produtores de maçã podem ter até 23,6% da safra comprometida, uma redução de 146 mil toneladas. As uvas viníferas também podem ter uma produção 31% menor do que o esperado, principalmente nas em cidades como Joaçaba, Lages e Rio do Sul.
› FONTE: G1