Sistema desenvolvido pelo Grupo Acquaplan, de Balneário Camboriú, com apoio do CNPq, já opera nas baías da Babitonga e de Paranaguá há dois anos
O monitoramento detalhado e em tempo real da vazão e do nível do rio Itajaí–Açu, frente aos impactos sociais e econômicos vividos e sentidos pelos portos e cidades de Itajaí e Navegantes nas últimas duas semanas, é imprescindível ao bom funcionamento Complexo Portuário do Rio Itajaí, auxiliando de forma precisa a Autoridade Portuária e os terminais portuários, nos processos de tomada de decisão e gestão portuária.
Isso porque a velocidade e a direção da vazão do rio, além da força das marés, que implicam na variação do nível do rio, afetam diretamente a entrada e saída de navios no Complexo Portuário do Rio Itajaí e também causam inundações, atingindo a população que vive em suas margens e áreas mais baixas. Juntamente com as correntes de vazão existentes no rio Itajaí–Açu, a variação do nível do rio tem importância fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias (atracação, desatracação e navegabilidade), prejudicando de maneira direta a economia da cidade.
Este monitoramento é feito por um sistema conhecido popularmente como medidor de correntes, ou correntógrafo, que faz o monitoramento da velocidade e direção da corrente, sendo que um equipamento mais sofisticado, conhecido como ADCP, monitora ainda as condições do nível da água e da altura das ondas. Mas uma tecnologia aprimorada em Santa Catarina e moldada para auxiliar nas atividades de operação portuária, garante maior precisão, eficiência e rápida disponibilidade dos dados através da internet ou aplicativos acessíveis por tablets e celulares, em tempo real.
O Sistema de Oceanografia Operacional Portuário – SIMPORT foi desenvolvido pelo Grupo Acquaplan, de Balneário Camboriú, e conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Este sistema está instalado há cerca de dois anos na desembocadura da baía da Babitonga (Figura 2), contratado pelo Porto de Itapoá, e na baía de Paranaguá, junto ao Terminal de Contêineres de Paranaguá - TCP. O mais importante, tem funcionalidade comprovada de aproximadamente 97% do tempo de operação.
Como funciona
O SIMPORT é composto por equipamentos especializados (Correntógrafos - ADCP) instalados em boias de sinalização náutica em locais definidos estrategicamente com os principais usuários do canal. Por meio dele, as condições ambientais são disponibilizadas aos interessados via internet em tempo real, praticamente de forma instantânea.
O Grupo Acquaplan mantém em Balneário Camboriú uma central de controle do sistema SIMPORT, onde as observações são avaliadas constantemente por oceanógrafos especializados em hidrodinâmica. Os dados coletados pelo correntógrafo e outros sensores (como vento, temperatura, turbidez, qualidade da água) são enviados por meio de telemetria à central de controle através de ondas de rádio e celular. Os dados recebidos em tempo real são avaliados constantemente e possibilitam que a equipe do SIMPORT verifique, por exemplo, as condições de bateria e inclinação do equipamento, entre outros parâmetros de qualidade dos dados requisitados.
A qualidade e a confiabilidade dos dados são monitoradas em tempo real, seguindo padrões internacionais de qualidade. São realizadas manutenções periódicas em todo o conjunto de equipamentos, garantindo assim a confiabilidade dos dados e a funcionalidade de todo o sistema.
Visando a segurança e a otimização da navegação e das manobras portuárias nos Portos de Itajaí e Navegantes, bem como o monitoramento do nível do rio Itajaí–Açu, o Grupo Acquaplan – formado pelas empresas Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental, Mar Tethys Levantamentos Oceanográficos e Estudos Ambientais, e Acquadinâmica Modelagem e Análise de Risco Ambiental – têm sólido e pleno conhecimento para a implantação, manutenção e operação de um sistema similar, ou então, mais complexo e sofisticado, no Complexo Portuário do Rio Itajaí.
Saiba mais acessando www.grupoacquaplan.com.br ou ligando no (47) 3366-1400.
› FONTE: Oswaldo Ribeiro Jr.