Quem pesquisa, contudo, pode economizar até R$1.406,03 por ano em compras de supermercado em Santa Catarina
Florianópolis foi a vilã de preços médios no nono levantamento anual de preços dos supermercados brasileiros realizado pela PROTESTE Associação de Consumidores. A compra de supermercado catarinense para quem não abre mão de produtos de marca sai 17% mais cara que no Rio Grande do Norte, onde foi encontrado o menor preço médio para a cesta de 104 itens.
Mas o consumidor que souber pesquisar pode economizar até R$ 1.406,03 no ano em Florianópolis, apontou o estudo da PROTESTE. Essa economia anual ocorrerá se optar por comprar os produtos da Cesta 1 (a mais completa da pesquisa com 104 itens), no Makro da Av. Juscelino Kubitscheck de Oliveira, 469; ao invés do Magia da Av. das Nações, 510.
No caso da cesta sem produtos de marca definida com 90 itens, a economia anual é um pouco menor: R$ 1.209,62. Essa economia ocorrerá se optar por comprar os produtos da Cesta 2, também no Makro, ao invés do Hippo da Rua Almirante Alvim, 555.
Em média, o consumidor de Santa Catarina desembolsou R$ 395,09 na compra dos 104 produtos da cesta composta de produtos de marca líderes. E no Rio Grande do Norte, onde foi encontrado o preço médio mais em conta de toda a pesquisa, o consumidor economizou R$ 56,45 na aquisição dos mesmos produtos.
Foram pesquisados 1.357 estabelecimentos, de 21 cidades brasileiras em 14 estados e o Distrito Federal. Goiás o foi o único estado onde a cesta de produtos sem marca definida ficou 8% mais barata que o ano passado. Em Santa Catarina encareceu 11% em relação à pesquisa anterior.
Para escolher o lugar que ofereça melhores preços, conforme o perfil de consumo há o simulador disponível no site PROTESTE www.proteste.org.br. Ele ajuda a pesquisar os custos da cesta em vários estabelecimentos antes de sair para a compra.
A variação de preços de uma cidade, dependendo do ponto de venda, pode ser muito grande, até em supermercados de uma mesma rede. Por isso, às vezes vale a pena atravessar a rua e conferir o preço em outro local. No caso de Florianópolis, por exemplo, foi constatado que a compra sai 13% mais barata se for adquirida no Comper da Av. Marinheiro Max Schramm, 3.722, ao invés do Angeloni, situado no mesma avenida, nº 3.450.
As diferenças de preços para os mesmos produtos são grandes. Em Florianópolis foi constatada diferença de 145% para uma unidade de filme de PVC transparente. Foi encontrado por R$ 1,99 em um local, e por R$ 4,87 em outro mercado. O café solúvel granulado de 100 g Nescafé apresentou variação de 130% conforme o local de compra. Saía por R$ 4,99 num mercado e por R$ 11,50 em outro ponto de venda.
Na comparação entre as lojas mais baratas para a Cesta 1, com produtos de marcas líderes, das 21 cidades pesquisadas, constatou-se as melhores ofertas de preços em:
• Belo Horizonte – Maxxi - Av. Afonso Vaz de Melo, 1600;
• Brasília – Atacadão – STN, Cj. H s/nº;
• Campinas – Assaí –Av. Ruy Rodrigues, 1400;
• Curitiba – Condor – R. Natal, 1155;
• Florianópolis – Makro – Av. Juscelino Kubitscheck de Oliveira, 469;
• Fortaleza – Atacadão – Av. Senador Carlos Jereissati, s/nº;
• Goiânia – Assaí – Av. Padre Orlando Morais, s/nº;
• Guarulhos – Makro – R. Carlos Leal Evans, 252;
• Jaboatão dos Guararapes – Atacadão – Av. Gal. Barreto de Menezes, 958;
• João Pessoa – Atacadão –R. Doutor Manoel Lopes de Carvalho , s/nº;
• Natal – Atacadão – Av. Dr João Medeiros Filho, 778;
• Niterói – Assaí – R. Benjamin Constant, 263;
• Olinda – Atacadão – Av. Pan Nordestina, 778;
• Porto Alegre – Nacional – Av.Coronel Lucas de Oliveira, 740;
• Recife – Atacadão –R. Professor Joaquim Cavalcante, 721;
• Rio de Janeiro – Atacadão – Av. Vicente de Carvalho, 730;
• Salvador – Maxxi – R. Comendador Bastos, s/nº;
• São Luís – Atacadão – Av. Jerônimo de Albuquerque, 160;
• São Paulo –Atacadão – Estrada do Pêssego, 100;
• Vila Velha – Atacadão – Rod. Darly Santos, 4.393 - Parte E;
• Vitória – Carone – Av. Rio Branco, 77.
Economia Anual - Cesta 1
• São Paulo - R$ 2,028.90
• Rio de Janeiro - R$ 1,480.04
• Florianópolis - R$ 1,406.03
• Brasília - R$ 1,330.70
• Goiânia - R$ 1,167.71
• Campinas - R$ 1,162.88
• Porto Alegre - R$ 1,001.39
• Belo Horizonte - R$ 983.45
• Niterói - R$ 968.96
• João Pessoa - R$ 937.92
• Salvador - R$ 933.14
• Fortaleza - R$ 904.58
• Olinda - R$ 882.10
• Natal - R$ 870.20
• Guarulhos - R$ 863.16
• Curitiba - R$ 798.19
• Jaboatão dos Guararapes - R$ 772.63
• Recife - R$ 719.80
• Vila Velha - R$ 662.59
• São Luís - R$ 444.31
• Vitória - R$ 350.50
Metodologia
Foram simuladas duas cestas de compras, que equivalem a dois perfis de consumidor: uma com produtos de marca, outra sem marca (sem carne, frutas e legumes), com menores preços. Os pesquisadores agiram como consumidores à procura do menor preço, evitando os dias de promoções de alguns setores. O objetivo da PROTESTE é ajudar a economizar, pois o brasileiro gasta um terço do orçamento doméstico nas compras em supermercados.
Foram comparados os pontos de venda visitados para apontar o supermercado mais barato. E, tomando esse local por base, a indicação de quanto os demais são mais caros. A lista não traz os preços por produtos. Em vez de simplesmente citar preços, as tabelas mostram a comparação entre os estabelecimentos visitados: o ponto de venda mais barato recebe o índice 100; os demais, o índice proporcional ao custo de suas respectivas cestas. Com essa metodologia, foi possível ainda comparar as redes de supermercados, hipermercados, hard discount e lojas de conveniência.
Para calcular o custo de cada cesta, foi feita uma ponderação, levando em conta o peso de cada produto nos hábitos de consumo do brasileiro. Isso porque os produtos têm importâncias diferentes de consumo. As lojas mais bem classificadas são as que vendem mais baratos os produtos mais consumidos.
› FONTE: Proteste