Publicado pela revista “Trends in Pharmacological Sciences", a avaliação de oito drogas em fase de teste em animais observa a ação metabólica relacionada a atividade física.
Aqueles que querem perder peso sem dar uma caminhada ou uma corridinha, pode pensar que o remédio milagroso está a caminho. Ledo engano, pois a pílula do exercício ainda está longe de entrar no mercado. "Além do mais, ele não traz todo o benefício de uma verdadeira atividade física", comenta Jaime Garcia Dias, atento ao desenvolvimento da pesquisa divulgado no dia 2 de setembro de 2015.
Publicado pela revista “Trends in Pharmacological Sciences", a avaliação de oito drogas em fase de teste em animais observa a ação metabólica relacionada a atividade física. O farmacólogo Ismael Laher, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) comenta que as moléculas alvo que imitam os benefícios de exercício físico sem uma atividade muscular. "O sedentarismo é um gatilho para doenças crônicas como a obesidade, diabete e doenças cardiovasculares", diz Jaime Garcia Dias.
Ainda sobre a pesquisa, a indústria farmacêutica e centros universitários investem nessas drogas. A fórmula da empresa GlaxoSmithKline, a GSK4716, parece possuir a capacidade de reestruturar as fibras musculares e aumentar a produção de mitocôndrias que são estrutura intracelulares geradores de energia. Já o GW501616 criado pelo Instituto Salk, melhorou o desempenho da resistência em camundongos com o acréscimo do benefício metabólico. A Universidade Harvard desenvolveu a irisina, um fármaco que modifica a eficiência do organismo em consumir energia. Todos esses elementos abordam partes dos benefícios fisiológico e bioquímico da atividade física, mas não a vantagem como um todo, mas a combinação de vários princípios ativos, pode vislumbrar para a completa substituição.
Isso seria um ganho para aqueles que possuem algum tipo de limitação que impede de praticar um exercício físico. A exemplos daqueles que sofreram de AVC, fratura e lesão na medula espinhal e limitações físicas, benesses desse provável remédio pode diminuir doenças ligados à inatividade, dentre eles o diabete. Assim, a qualidade de vida desses pacientes pode melhorar com essa novidade, explica Jaime Garcia Dias.
Mas mesmo com avanços das pesquisas, ainda demorará para que chegue nas prateleiras das farmácias. E mesmo que chegue, não substituirá o exercício físico no total. Ainda existem muitas variantes que melhoram a qualidade de vida de uma pessoa e que estão atreladas diretamente à pratíca de exercícios físico: além da perda do peso, o aumento do colesterol bom, o ciclo circadiano que está relacionado na qualidade do sono, a regulação endócrina pelos hormônios até o rendimento sexual. "O anabolismo da pessoa ainda está relacionado a sua atividade" conta Jaime Garcia Dias que explica que o corpo humano sempre foi avesso ao sedentarismo pois os nossos antepassados percorriam grandes distâncias para a caça, força para enfrentar a sua presa e criatividade social para o trabalho em grupo. As mulheres também viviam numa intensa atividade ao selecionar frutas e vegetais num ambiente onde o que comer não estava diante da sua habitação. Todos esses atributos fizeram os seres humanos muito dependentes do exercício físico, alerta Jaime Garcia Dias.
Por tanto, quem está querendo perder aqueles quilinhos apenas engolindo a pílula não terá esse sonho realizado. O conselho é ginástica já!
› FONTE: DINO