Combinando desenvolvimento econômico, tecnológico e qualidade de vida, Florianópolis disputou o título com mais cinco capitais
Combinando a promoção da inovação com qualidade de vida, Florianópolis foi avaliada como a capital mais inovadora do Brasil, através de um mapeamento feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a pedido da Inovação – Revista Eletrônica de P,D&I. Dez cidades brasileiras - cinco delas capitais - foram analisadas a partir das políticas de incentivo e desenvolvimento econômico, tecnológico e de qualidade de vida da população.
Entre os principais pontos avaliados, está a formação de pessoas bem qualificadas: por isso, apontam-se as cidades mais inovadoras do Brasil com base nos municípios que tenham boas universidades, centros de pesquisa e institutos de ciência e tecnologia. Atualmente, Florianópolis possui 11 instituições de ensino superior - duas federais, uma estadual e as demais privadas.
Outro ponto destacado tem relação com o ambiente, que precisa ser favorável para pessoas empreendedoras e criativas. Lançado há um mês, o projeto Centro Sapiens, que une o poder público e a iniciativa privada em prol da revitalização e investimentos na parte leste do Centro Histórico de Florianópolis, tem o objetivo de estimular as economias criativas nas áreas de design, turismo, gastronomia, artes, moda e tecnologia. Além de valorizar o patrimônio histórico, reconhecer também o comércio já existente e a gastronomia local.
O projeto prevê modificações na área, como o cabeamento elétrico, que passará a ser subterrâneo, e melhorias previstas nos calçamentos, além do planejamento urbanístico como um todo. Tudo isto com o intuito de bem receber estes jovens investidores e empresários na região, para que possam empreender em um espaço que também tenha convivência.
O prefeito Cesar Souza Junior vai encaminhar Projeto de Lei Complementar à Câmara Municipal para irá isentar da cobrança do IPTU as startups que se instalarem na região. "Através de medidas como o valor do aluguel mais barato na localidade, a atratividade tributária através da isenção do IPTU aos novos comerciantes e com a articulação com entidades apoiadoras, focamos na vinda de jovens empreendedores para o local, que atrairá melhorias e investimentos no Centro Histórico e aquecerá a atividade econômica", explicou.
Tecnologia aplicada e Rota da Inovação
Em Florianópolis, a Fundação Certi (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras), que foi criada em 1984, tem o foco em pesquisas de tecnologia aplicada. À época de sua fundação, o Brasil demandava saltos de qualidade e desenvolvimento de know-how próprio e inovador, visando ao campo da informática e à automação industrial.
Hoje, a Fundação Certi atua efetivamente com Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), área automotiva e aeronáutica, indústria, energia, educação, saúde e economia criativa. Em empreendedorismo, a fundação possui um sistema de aceleração de startups, que promove o suporte ao desenvolvimento de novos empreendimentos de base tecnológica.
Outra importante iniciativa, que reúne em um mesmo lugar os diversos players da ciência, tecnologia e inovação da cidade, é a Rota da Inovação. Criada em 2013, a rota começa no aeroporto internacional de Florianópolis e passa pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Centro Sapiens, Parque Tecnológico Alfa, Celta, Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) e Sapiens Parque.
Florianópolis também possui, desde 2012, um Conselho Municipal de Inovação, cujo objetivo principal é "formular, propor, avaliar e fiscalizar ações e políticas públicas de promoção da inovação para o desenvolvimento do município", que contemplem tanto iniciativas governamentais como parcerias com agentes privados.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável, José Henrique Domingues Carneiro, um novo modelo para o Conselho está sendo desenvolvido. "Um Projeto de Lei Complementar será encaminhado à Câmara Municipal para que o Fundo seja reavaliado e haja mais incentivo às pesquisas tecnológicas, novos financiamentos de projetos e a realização de eventos de inovação", disse.
Inclusão Digital
Em parceria com o Comitê para a Democratização da Informática (CDI-SC), a Prefeitura de Florianópolis possui dois projetos tecnológicos. Um deles, o Reciclatec, visa a conscientizar a população sobre a correta coleta e destino do lixo eletrônico e a sua reciclagem (no caso de computadores) para o uso no Programa de Inclusão Digital do próprio CDI, por intermédio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável da Capital. A coleta é feita em diversos pontos da cidade: supermercados, shoppings, centros tecnológicos e serviços da Prefeitura.
Outro, o projeto Mais Cultura, disponibiliza modernos equipamentos de informática, instrutores e material didático - para jovens, adultos e idosos - para a inclusão digital básica, cinema, animação e cursos específicos destinados à formação de mão de obra especializada para o segmento de ciência, tecnologia, informação e comunicação. São disponibilizados desktops, filmadoras digitais e estúdios para a edição de imagem e som.
O secretário José Henrique Domingues Carneiro destaca que as empresas de base tecnológica estão sendo contatadas para serem parceiras. "Já visitaram o espaço a Junior Chamber Internacional (JCI), Johnson & Johnson, Lemonade e Contexto Digital. Outras empresas também estão agendando reuniões para aderirem aos projetos", disse.
› FONTE: Secretaria Municipal de Comunicação de Florianópolis