Acordo histórico de livre comércio foi firmada por 12 países
Responsáveis por 40% da economia mundial assinaram, na última segunda-feira, o tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP), formado pelas economias dos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, México, Peru, Chile, Japão, Vietnã, Malásia, Singapura e Brunei.
Sem a participação do Brasil no acordo, as exportações brasileiras para os países membros do TPP ficarão mais caras e serão reduzidas, em um cenário já existente de queda.
"Com o novo acordo, o país terá que buscar novos mercados e expandir seus acordos comerciais, começando por finalizar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, atualmente em discussão. O Brasil também deve buscar ampliar sua competitividade internacional com uma reforma fiscal, que diminua e simplifique os impostos pagos. No caso específico da exportação, a alíquota do REINTEGRA deve voltar a 3% o quanto antes", afirma o analista econômico da Fecomércio SC, Luciano Córdova.
Na esteira, o país também precisaria de uma reforma trabalhista que equalizasse os ganhos salariais com a produtividade e uma maior desburocratização para a simplificação dos processos aduaneiros, com o objetivo de reduzir prazos e custos. Os benefícios dessas mudanças serão inúmeros, como a retomada dos investimentos e redução da inflação.
Dados do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior mostram que, entre os países do BRICS, o Brasil teve no ano de 2013 o menor percentual de exportações em relação ao PIB, com 27,6%, enquanto a África do Sul registrou 64,2%; a Índia, 53,3%; a Rússia, 50,9%; e a China, 50,2%.
Os principais pontos do acordo estão relacionados à redução de tarifas alfandegárias e em outros tipos de barreiras ao comércio internacional, como as que dizem respeito ao setor de serviços, que já respondem a 54% do comércio internacional e com expectativa de chegar até 75% em 2025.
O acordo prevê regras uniformes na propriedade intelectual das empresas, a abertura da internet e direitos trabalhistas que serão modelo para parcerias futuras em nível de comércio global. O Brasil deve levar em conta estes aspectos para acompanhar o ritmo do desenvolvimento mundial.
› FONTE: Imprensa Fecomércio/SC