Alvo são as pessoas em situação vulnerável, como moradores de rua e população carcerária
O aumento da incidência de tuberculose em populações vulneráveis e as altas taxas de abandono do tratamento da doença entre essas pessoas estão no alvo de uma ação que envolve as secretarias de Saúde e Assistência Social e o Ministério Público. Nesta semana, uma comissão intersetorial foi formada para fazer o levantamento de dados sobre o problema e iniciar um trabalho conjunto de enfrentamento da situação.
Em 2013, a Capital registrou 321 casos de tuberculose, sendo 10% deles em pessoas privadas de liberdade (população carcerária) e 5,9% são casos de pessoas em situação de rua. "Este problema é antigo e difícil de resolver pela dificuldade de manter o tratamento da doença, que é longo e tem efeitos colaterais severos, em alguns casos", afirma Ana Cristina Vidor, gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis.
Para se ter uma ideia, a taxa de abandono do tratamento entre moradores de rua, em 2013, foi de 42,1%. Um dos grandes riscos nessa situação é de que o paciente desenvolva doenças concomitantes ou tuberculose super-resistente.
A comissão fará reuniões periódicas para discutir as soluções para o problema. "Percebemos que só uma ação conjunta poderá nos ajudar a conter a incidência da doença entre as pessoas que estão em situação vulnerável, incluindo também aqueles com dependência de drogas e álcool", diz Ana Cristina.
› FONTE: Carla Argolo Assessoria de Imprensa da SMS