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Especialista esclarece alguns mitos sobre a fase posterior ao parto
Cercado de dúvidas e mitos, o resguardo é um período cheio de transformações na vida das mulheres. Afinal, a chegada do bebê não traz apenas mudanças na rotina da mãe, mas também representa muitas alterações hormonais. Por isso, segundo Jurandir Passos, ginecologista e obstetra que integra o corpo clínico do Lâmina Medicina Diagnóstica, as semanas seguintes ao parto exigem alguns cuidados.
"O resguardo corresponde ao período de involução uterina que ocorre após o nascimento do bebê e a da saída da placenta, bem como no período de recuperação tecidual do local da placenta no útero", aponta o especialista. A duração é de aproximadamente 40 dias, podendo variar um pouco para mais ou para menos, dependendo do organismo de cada mulher.
Entretanto, durante o período de 40 dias, a mulher não precisa ficar de repouso. Ela pode ter uma atividade diária normal, desde que não exagere os limites do corpo, já que isso pode acarretar dores nas cicatrizes, tanto da cesárea quanto da episiotomia.
Segundo Passos, durante os dias subsequentes ao parto, acontece a saída de um fluxo vaginal, inicialmente vermelho vivo, que vai escurecendo e se tornando marrom escuro, e vai gradualmente clareando até se tornar incolor. Essa secreção altera o pH vaginal, fator que aumenta os riscos de infecção vaginal e uterina para a mulher, caso ela tenha relações sexuais. Devido a essas alterações, os riscos de infecção prostática também aumentam nos homens.
De acordo com o especialista, o resguardo deve ser respeitado, independente de o parto ter sido normal ou cesárea. Ao contrário do que muita gente pensa, não existe resguardo durante a gestação. "Além desse mito, é comum ouvir algumas mães com receio de lavar o cabelo ou de levar sustos, por exemplo. Nada disso prejudica a mulher. Ela pode manter a sua rotina sem problemas, apenas tomando cuidado com seus limites físicos", salienta o médico.
Vale lembrar que, durante o resguardo, a mulher precisa manter uma boa alimentação e ter períodos de descanso adequados. Outro aspecto importante é a manutenção da higiene das cicatrizes, que devem ser limpas com medicamentos prescritos pelo obstetra.
A volta da menstruação é outra dúvida frequente nas mulheres que estão passando pelo resguardo. O tempo varia de pessoa a pessoa, mas o comum é que as primeiras menstruações venham de forma irregular devido à ação dos hormônios relacionados à produção do leite materno.
O especialista ainda lembra que, assim que a mulher voltar a ter relações sexuais, é preciso se prevenir contra uma gestação indesejada, pois, após o resguardo, o corpo já está voltando ao normal e a ovulação pode já estar ocorrendo.
› FONTE: Talk Assessoria de Comunicação
