Na nota de repúdio, os deputados classificaram o desfile de uma transexual em uma Cruz como uma ‘tentativa de desmoralizar a crença de milhões de brasileiros, com provocações desnecessárias, atitudes nefastas, inescrupulosas e reprováveis’
Parlamentares integrantes das bancadas evangélica, católica e defesa da vida e da família apresentaram, na noite desta quarta-feira (10), uma nota de repúdio contra a Parada do Orgulho Gay, realizada no último final de semana em São Paulo. As três bancadas reúnem aproximadamente 330 deputados.
Durante a manifestação de domingo, a atriz Viviany Beleboni, de 26 anos, transexual e espírita, desfilou presa a uma cruz encenando o sofrimento de Jesus Cristo. Mas, em cima da cruz, havia uma frase de protesto. “Basta de homofobia LGBT”. O gesto foi entendido como uma provocação contra católicos e evangélicos. Alguns integrantes da bancada evangélica defenderam também a responsabilização criminal dos organizadores da Parada Gay e da encenação de Viviany Beleboni.
O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), leu nota de repúdio e criticou ainda o fato de a parada gay ter recebido recursos públicos federais e da prefeitura de São Paulo. “É dinheiro público patrocinando a intolerância”, completou.Segundo ele, o objetivo do ato em Plenário é promover uma reflexão que leve à paz e encurte a distância entre os que pensam diferente.
Na nota de repúdio, os deputados classificaram o protesto como uma “tentativa de desmoralizar a crença de milhões de brasileiros, com provocações desnecessárias, atitudes nefastas, inescrupulosas e reprováveis”. “A sociedade brasileira é religiosa e na sua maioria cristã, o respeito é essencial!”, disseram os deputados na nota de repúdio.
“Estamos unidos no Congresso em defesa da família, da ética, da vida, da liberdade religiosa e da democracia, defendemos uma sociedade justa e igualitária. Afrontar a crença de milhares de brasileiros não dará o direito de ser igual, não é pela força nem com provocações que se ganha o argumento e sim com respeito”, complementam os parlamentares.
“Os ativistas do movimento LGBT cometeram o crime de profanação contra o símbolo religioso, ferindo a todos os cristãos ao usarem uma pessoa pregada na cruz, utilizando símbolos do cristianismo de forma escandalosa, zombando e ridicularizando o sacrifício de Jesus Cristo”, pontuaram os parlamentares.
› FONTE: Congresso em foco