O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Polícia Militar e os presidentes do Avaí e do Figueirense definiram que o clássico deste domingo (14/06) não contará com espaço reservado para torcida mista. O acordo foi estabelecido em reunião realizada nesta terça-feira (09/06), às 14 horas, em Florianópolis.
Durante o encontro, representantes do Avaí apresentaram o método que seria implantado para a torcida mista. O clube disponibilizaria 1.200 ingressos para o setor E do estádio da Ressacada. Os ingressos seriam vendidos para 600 torcedores avaianos mediante o cadastro do CPF. Cada um poderia levar um convidado do time adversário, que também seria registrado.
Representantes da Polícia Militar explicaram que a medida não poderia ser estabelecida sem estudo e planejamento mais aprofundado do projeto, por possíveis complicações no acesso e na saída dos torcedores na Ressacada, onde haveria o contato com os demais presentes, já que o local não possui condições de comportar, com necessária segurança, o deslocamento da torcida mista nas proximidades do estádio. Para o próximo mês, está previsto outro encontro entre os participantes, com objetivo de elaborar um plano que possibilite a futura destinação de um eventual espaço para torcedores de times rivais.
“Neste momento seria precipitado colocar em prática o projeto de torcida mista. Porém é importante persistir na ideia, porque é uma boa iniciativa e conta com a simpatia de todas as entidades. A partir de agora, faremos um planejamento para aplicá-lo em futuro próximo”, explica o Promotor de Justiça Eduardo Paladino, titular da 29ª Promotoria de Justiça da Capital.
A tentativa de pôr em prática a mistura entre torcidas faz parte da campanha pela paz nos estádios. A ação foi aderida pelo Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville em reunião convocada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) com representantes da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Polícia Militar, Polícia Civil e Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB/SC) no dia 1º de junho.
› FONTE: MPSC