O Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) participará, entre os dias 28 de maio e 12 de julho, da mostra Casa Cor Santa Catarina 2015. O evento será realizado no bairro José Mendes na capital, em um imóvel construído no século XIX, hoje pertencente ao SESC, que abrigou em tempos mais recentes a fábrica de refrigerantes da Coca-Cola.
Na mostra, será exposto nos jardins o projeto de intervenção urbanística "Bairro José Mendes, Revitalização da Orla – Eixo Viário Principal", de autoria do arquiteto e urbanista Marco Avila Ramos.
Apesar de o evento ser pago, o projeto do IPUF ficará exposto na área externa da mostra, com entrada gratuita a população.
OBJETIVOS DO PROJETO
Priorizar a circulação de pedestres e ciclistas, com a necessária adequação do sistema de circulação de veículos automotores;
Realizar a tão aguardada conexão cicloviária entre a Avenida Beira Mar Norte e a Via Expressa Sul e o bairro Saco dos Limões, com a implantação de ciclovias ou passeios compartilhados;
Criar e qualificar espaços de estar, lazer e contemplação ao longo da nova configuração viária;
Preservar e valorizar o patrimônio histórico e cultural do bairro;
Evidenciar e implementar o caráter panorâmico das vias ao longo da orla, adequando a altura de muros e edificações e implantando rede de fiação subterrânea;
Garantir e qualificar a acessibilidade física pública à borda d&39;água;
Estimular a atividade gastronômica e o transporte marítimo de lazer ao longo da orla.
O BAIRRO
A construção do túnel Antonieta de Barros, concluído em 2002, materializou uma linha, antes imaginária, entre o bairro José Mendes e o restante da cidade. Evidenciou a percepção comum de que esta micro-região urbana, tão próxima do Centro, parece ter sido esquecida pelo tempo. Com um olhar mais atento percebe-se também que foi exatamente esse "esquecimento" que preservou o lugar da sanha imobiliária das últimas décadas.
Hoje o bairro José Mendes representa a única faixa de orla da região central insular, entre a Ponta do Coral e o mangue do Aeroporto, que não sofreu qualquer tipo de aterro; onde a urbanização respeitou os limites estabelecidos naturalmente pelo mar.
O bairro guarda ainda características de vila em sua escala urbana e tipologia arquitetônica, bem como na forma de organização sócio-espacial que se deu, em grande parte, através de sucessivas gerações de nativos fracionando gradativamente os imóveis familiares, sem produzir grandes impactos urbanísticos.
Ao longo das vias longitudinais principais o bairro é considerado pela legislação vigente como Área de Preservação Cultural, além de se caracterizar como Via Panorâmica, o que restringe a altura permitida das construções e muros voltados para o mar.
› FONTE: Prefeitura de Florianópolis