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Escolinha de Futebol Americano inicia atividades no bairro Forquilhinha

Publicado em 22/05/2015 Editoria: São José Comente!


foto: Divulgação

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Meninos e meninas com até 15 anos podem participar das aulas gratuitas todos os sábados

Nas cenas de filme e seriados, os jogos de futebol americano sempre aparecem com destaque. Em São José, a partir deste mês, a modalidade deixa de ser um sonho distante e começa a virar realidade na vida de meninos e meninas.

Um projeto social, coordenado pela equipe Istepôs, está oferecendo aulas gratuitas todos os sábados, das 10 às 12 horas, no campo atrás do CEM Antônio Francisco Machado, no bairro Forquilhinha. A iniciativa é feita em parceria com a Fundação Municipal de Esporte e Lazer.

Para participar as aulas é preciso ter entre sete e 15 anos e estar com bastante vontade de aprender um esporte completamente novo. "Neste primeiro momento estamos ensinando os fundamentos do esporte, as posições e regras. Daqui uns seis meses vamos começar os jogos", explica um dos treinadores, Luckas Frigo Furtado. Ele afirma que a partir dos 15 anos já é possível já fazer testes para a equipe principal de competição.

O projeto tem dois objetivos principais: divulgar a modalidade e formar novos atletas desde cedo. "É um esporte para todos, do magro ao mais gordinho", explica Furtado. Além dos benefícios da prática esportiva, o futebol americano ajuda a desenvolver senso de coletividade e capacidade de liderança. Dentro do mesmo time, os atletas são divididos em grupos menores e, em cada um deles, um coordenador é responsável pelos outros.

Os Istetpôs treinam desde 2005 em São José. Hoje já contam com atletas que fazem parte da seleção catarinense sub 20, que joga contra outros estados em amistosos, e na seleção brasileira que se prepara para disputar a copa mundial. "No país, temos 150 equipes como a nossa, que jogam com os equipamentos necessários", conta o jogador.

Furtado começou a treinar aos 19 anos e hoje, com 27, está jogando no ataque. O tempo para formar um novo atleta depende muito da resistência física e da noção de cada um. "Eu, por exemplo, já gostava de outros esportes e conhecia um pouco de futebol americano", compara.

Diferente do futebol, a modalidade utiliza o raciocínio estratégico e não tem o tempo cronometrado da mesma forma. É um esporte que se baseia na velocidade, na agilidade, na força e na capacidade tática de seus jogadores. Existem regras específicas para os momentos de pausa e recomeço de cada partida. Sem falar nos termos importados do inglês, que fazem parte do vocabulário de quem está no esporte.

Os equipamentos utilizados pelos jogadores são ainda relativamente caros. Mas, para ajudar os iniciantes, a equipe tem alguns kits que empresta durante os treinos. Com o tempo, o atleta conquista o seu próprio material e ajuda os outros interessados. Por isso, para funcionar, o projeto tem a parceria da Fundação Municipal de Esporte e Lazer (FMEL), que recentemente reformou o campo dos treinamentos com uma nova camada de barro e grama.

Além disso, a equipe recebe apoio da Fundação para viagens e competições. "O futebol americano é uma modalidade que cresce no país e em Santa Catarina. Ter uma equipe bem formada, como o Istepôs, nos faz sair na frente", destaca a superintendente da FMEL, Andréa Grando. Para ela, a modalidade se tornar ainda mais interessante porque é democrática e acolhe todos os perfis de condicionamento físico. "Essa é mais uma opção dentro dos projetos de escolinhas que apoiamos dentro de São José", comemora.

"Ainda estou aprendendo e não conheço muito o esporte, mas estou com vontade de crescer e ser do time principal", revela Leomar Luiz Biessek Júnior, de 14 anos. Ele está na sétima série do CEM Antônio Francisco Machado e ficou sabendo do projeto por um amigo que já treina. Assim como ele, outros garotos curiosos se aproximam para conhecer e ficam interessados pelo esporte.  "Agora, comecei a pesquisar e assistir coisas sobre isso", afirma.

O fato é que a atividade física é uma importante ferramenta de transformação social, que gera oportunidades e cria expectativas de futuro. "Eu sempre tive vontade de treinar, mas não tinha espaço para a minha idade. Agora vou me esforçar para ser da equipe maior e participar também de competições", deseja Leomar.

Os encontros iniciaram no dia 9 de maio. Quem acompanha os treinos são atletas mais experientes que são professores ou estudantes de Educação Física. Como o trabalho é voluntário, o grupo se organiza com uma escala mensal. Para participar das aulas, os interessados precisam participar de um dos treinos e conversar com os coordenadores da equipe. Não será cobrada nenhuma mensalidade de pais ou responsáveis, que também são convidados a conhecer as atividades da escolinha.

Uma partida

No futebol americano, com 11 jogadores em campo, o time deve somar o máximo de pontos possível. A jogada mais valiosa é o famosotouchdown, que vale seis pontos e o direito de um chute ao gol valendo um ponto ou uma nova corrida valendo dois pontos.

O único caso em que a equipe pode pontuar sem a posse da bola é quando derruba o adversário com a bola em sua própria endzone (fundo do campo). Os 60 minutos de jogo são divididos em dois tempos que possuem um intervalo cada. Ou seja, o jogo é jogado em quartos de 15 minutos.

 

 

› FONTE: Prefeitura de São José

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