O comércio varejista catarinense apresentou uma variação de 3,3% no volume de vendas em março na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados pelo IBGE. No acumulado em 12 meses, o volume de vendas chegou a 0,1%. Quanto à receita nominal a variação acumulada em 12 meses é de 6,0%, aumento em relação aos 5,4% de fevereiro.
Para a Fecomércio SC, depois de se retrair por 10 meses consecutivos no volume de vendas no acumulado de 12 meses, esse pequeno aumento de 0,1% (em fevereiro, o acumulado de 12 meses apresentava queda de -0,5%) se deve mais a fatores conjunturais, como o alívio maior da renda, passados os primeiros meses do ano, quando geralmente se gasta mais com o pagamento de impostos (IPVA e IPTU), do que a fatores estruturais.
Nesse sentido, os resultados ainda preocupam, já que o cenário ainda é de pessimismo, pois a desaceleração do setor está se prolongando por um longo período. Isso prejudica as decisões de investimento das empresas e aprofunda a retração econômica.
A inflação persistente, corroborada pelo aumento do preço dos insumos básicos como a energia e os combustíveis, está corroendo a renda real das famílias e diminuindo os recursos disponíveis para o consumo. Além disso, observa-se uma maior restrição ao crédito, por meio das elevadas taxas de juros que batem recordes mês a mês, associada a uma perspectiva de desaceleração do emprego. Todos esses são fatores que explicam este mau momento para o comércio.
Brasil
No Brasil, em março, as vendas no varejo variaram -0,9% no volume de vendas e -0,4% na receita nominal, ambas com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. No caso do volume, o resultado é o segundo consecutivo com taxa negativa.
Já o da receita nominal volta a ser negativo depois de dois meses positivo. Quanto à média móvel trimestral, o volume de vendas registrou variação de -0,4%, enquanto a receita apresentou taxa de 0,4%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimo da ordem de 0,4% sobre março do ano anterior.
Em termos acumulados, as variações foram de -0,8% no trimestre e de 1% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 6,5%, 5,5% e de 7,3%, respectivamente.
› FONTE: Fecomércio