Florianópolis está entre as capitais brasileiras que apresentam melhores hábitos alimentares. É o que aponta a pesquisa “Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico” (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde no ano de 2014. O levantamento foi feito com 40.853 pessoas, maiores de 18 anos, que vivem nas capitais de todos os estados e do Distrito Federal.
Os dados obtidos apontam que Florianópolis é a cidade que apresenta melhor índice de consumo de frutas e hortaliças (35%, contra 24,1% da média nacional) e uma das com menores percentuais de ingestão de carnes com excesso de gordura entre as capitais (25,7%, contra 29,4% da média nacional).
A relação entre alimentação e saúde também tem sido objeto de discussão na Assembleia Legislativa. Para o deputado Silvio Dreveck (PP), os bons índices apresentados por Florianópolis resultam da própria cultura gastronômica local, servindo de exemplo para os demais municípios do estado. “Este tipo de alimentação, que privilegia o consumo de pescados e frutas, representa um ganho não só para o bem-estar da população, mas também para o poder público, que poupa os recursos direcionados ao setor de saúde.”
A opinião é compartilhada pelo deputado Dirceu Dresch (PT), que em 2012 promoveu no Parlamento estadual um simpósio sobre segurança alimentar e nutricional. “Só vamos diminuir os gastos com saúde se investirmos mais em prevenção. E a promoção da alimentação saudável é fundamental para isso.”
O parlamentar afirmou que pretende reapresentar um projeto de lei visando tornar obrigatória a utilização de produtos orgânicos e agroecológicos em, pelo menos, 20% da alimentação escolar no estado. “Atualmente há um excesso de produtos industrializados, muitos dos quais nem poderiam ser considerados alimentos e contribuem diretamente para a obesidade infantil. Nosso objetivo é que a comunidade escolar possa discutir melhor isso e aprofundar a ideia.”
Alimentos regionais
Visando promover uma alimentação mais balanceada e nutritiva, que reduza os fatores de risco de doenças como a obesidade, diabetes e hipertensão entre a população, o Ministério da Saúde está disponibilizando o livro “Alimentos Regionais Brasileiros”.
A publicação traz dicas de como cozinhar de forma mais saudável e os pratos típicos de cada região do país, servindo de complemento ao livro “Guia Alimentar para a População Brasileira”, lançado em 2014. O Ministério da Saúde parte da premissa de que a base da alimentação seja feita com alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), recomendando ainda que sejam evitados os produtos processados, tais como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes.
A versão digital do livro está disponível no portal do Ministério da Saúde.
› FONTE: ALESC