O Federal Reserve, banco central americano, eliminou nesta quarta-feira, dia 18, toda a expectativa criada em torno de uma possível revisão da política monetária expansionista dos Estados Unidos. As expectativas de início imediato de desmontagem dos estímulos monetários não ocorreram, surpreendendo os investidores e produzindo fortes altas nos mercados financeiros. O FED manteve as injeções mensais de US$ 85 bilhões na economia estadunidense.
A espera pelo fim das medidas era tão grande que o Dólar disparou nos últimos meses. A taxa de câmbio brasileira, por exemplo, chegou a atingir o patamar de 2,45 em agosto. Entretanto, a divulgação de dados mais fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos – foram criadas 169 mil vagas no mês passado nos EUA, abaixo da previsão de 175 mil –, aliado às incertezas ocasionadas em torno da provável investida militar na Síria fizeram com que o Dólar caísse persistentemente durante todo o mês de setembro.
Taxa de câmbio cai
Com o recente anúncio de manutenção da política monetária, a taxa de câmbio caiu de maneira vigorosa, fechando abaixo dos 2,20. Com isso, momentaneamente o Brasil volta a ter um câmbio um pouco mais favorável, alívio que pode ser bem-vindo para o país, já que significará um repasse frouxo da variação cambial aos preços, que se afigurava perigoso diante de uma inflação que resiste a sair da casa dos 6%. Assim, o final de ano pode ser melhor para o comércio, que tem no produto importado um importante instrumento de recuperação de margens de rendimento.
Para a Fecomércio SC, o futuro para o câmbio continua apontando para desvalorização do real. Assim que o impasse em torno da guerra na Síria se diluir e novos indícios de recuperação econômica dos EUA surgirem, a pressão interna no país fará com que o FED revise sua política monetária, ocasionando uma forte corrida em busca da moeda norte-americana. Resta saber apenas se este cenário se realizará ainda esse ano ou será postergado para 2014.
› FONTE: Fecomércio-SC
