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Documentário de Zeca Pires homenageia o artista plástico Zumblick

Publicado em 19/09/2013 Editoria: Cultura Comente!


foto: divulgação

foto: divulgação

O artista plástico catarinense Willy Alfredo Zumblick faria 100 anos no próximo dia 26, se vivo estivesse. Um dos raros eventos realizado para homenagear o centenário do pintor tubaronense é o documentário “Zumblick na eternidade”, dirigido por Zeca Nunes Pires, antigo funcionário do Departamento Artístico Cultural da UFSC, e produzido pela TVUFSC. O documentário será exibido no dia 26 de setembro(quinta-feira) em dose dupla: na sessão solene em homenagem a Willy Zumblick em Tubarão, organizada pela Assembléia Legislativa do Estadode Santa Catarina e na programação da TVUFSC (canal 63.1 TV aberta e 15 da NET), ambos no horário das 19h. 

Para Pires, “Zumblick sonhou ser caminhoneiro, foi ourives, artista plástico dos melhores e um grande ser humano, sempre ao lado de sua esposa Célia. Além disso, é um dos raros artistas que possui um Museu para abrigar suas obras, um Museu com problemas, é bem verdade”. Isso é o que o documentário tenta abordar e transmitir, com ênfase para os quadros de Zumblick, pelos quais o diretor tem admiração.

Com pesquisa da professora Lélia Pereira da Silva Nunes, que escreveu dois livros sobre Zumblick, Zeca contou com a colaboração de dois estagiários do Curso de Cinema da UFSC. Andersson Brito e Jefferson Moreira foram câmeras, editores e também capricharam na finalização do documentário.

“Zumblick na eternidade” conta com uma entrevista realizada por Zeca Pires em 2002 com o artista e sua esposa Célia. O documentário também é narrado por amigos de Zumblickm(Jurema Fischer, Maria Celeste Neves, Esperidião Amin e outros), por críticos e artistas (Janga Neves, Carlos Asp e Arlinda Volpato), por jornalistas (Moacir Pereira, Sérgio da Costa Ramos e Guto Kuerten), além de outros depoimentos.

Para o diretor Zeca Nunes Pires o que mais ele admira nos quadros do Zumblick é a luz. "Normalmente quando discutimos com o diretor de fotografia a estética das imagens de um filme, costumamos comparar a fotografia do filme a ser realizado com a obra de um artista plástico, para que os dois, diretor e fotógrafo, falem a mesma língua. Paradoxalmente, o diretor de fotografia parte de uma tela escura e pinta o filme com luz, o artista plástico por sua vez inicia com uma tela branca e pinta o quadro com cor, chegando ao final a uma aproximação do cinema com as artes plásticas. O que mais me impressiona na obra do Zumblick é essa luz cinematográfica que ele consegue na maioria dos seus quadros", explica Pires.

Já, para o cronista Sérgio da Costa Ramos, “Zumblick é dono de uma extensa obra plástica e pictórica de imenso valor cultural e popular. Com uma temática variada e abrangente - em que foi historiador, retratista, folclorista e tradicionalista, espalhou pelo Estado e pelo país  o seu traço iridescente e seu olho rútilo de testemunha ocular da história. São dele os quadros mais expressivos da grande saga do “Contestado”, os “testemunhos” da epopeia de Giuseppe e Anita Garibaldi e o grande mosaico de uma obra variada, que incluía os “flagrantes” da cultura popular, como as Bandeiras do Divino, o Boi-de-Mamão, o Pau de Fita, as rendeiras, os imigrantes e seus hábitos – os monges, as ciganas, as paisagens, as caricaturas”.

O documentário foi exibido na sexta-feira (13/09) no auditório da reitoria, dentro da programação da UFSC, “Quem faz cem anos ou +” e na segunda-feira (16/09) no auditório do Tribunal de Contas, dentro da programação em homenagem ao artista organizada pelo Conselho Estadual de Educação.

› FONTE: DAC: SECULT:UFSC

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