A expressão &39;período sabático&39; não foi criada pelo técnico Adenor Bacchi, o Tite. Porém, nos últimos tempos, ao menos entre os profissionais do futebol, é ele quem propaga a ideia de buscar aprendizado sem acomodar-se. Neste modelo, outro representante da área realizou estudos através de cursos, experiências externas e deu um tempo no vestiário para poder qualificar-se.
Nesta semana, Gilmar Dal Pozzo encerrou um ciclo de meio ano afastado do comando de um clube para seu aprimoramento. E justamente ao lado daquele que é considerado por muitos o melhor treinador do Brasil na atualidade, no Corinthians. De segunda-feira (13) a quarta-feira (15) sua rotina foi acompanhar aos treinamentos no CT Joaquim Grava, somar conhecimento e abordar variáveis na composição de uma equipe.
"Tracei um planejamento de carreira com minha família e meu empresário para que fosse possível aprimorar. Então desde o final do ano passado, como até já citei em algumas oportunidades, realizei cursos de gestão e busquei ampliar os horizontes. O Tite me abriu as portas da casa dele e do Corinthians. Além de ser muito bem tratado no clube por todos, pude acompanhar inovações, discutir variáveis táticas que ele trouxe do Real Madrid, participar das atividades diárias e ver na prática as questões teóricas. Foi melhor ainda do que eu imaginei. Todo o momento de diálogo era voltado ao futebol, então o uso do 4-1-4-1 no Brasil, os sistemas 4-2-3-1 e o tradicional 4-4-2 que tem suas peculiaridades, marcação por setor como gosto de trabalhar, não só compactando o time em linhas de 20, 30 metros para marcar, mas como também para jogar, enfim, equilíbrio e conhecimento ditaram o ritmo esses dias", assegurou Dal Pozzo.
Amigos desde o início da década de 90, o ex-goleiro é o jogador que mais foi comandado por Tite até então, em sete temporadas. O trabalho que coroou esta etapa foi o título gaúcho com a SER Caxias, em 2000, em cima do Grêmio de Ronaldinho Gaúcho na final. Após consagrar-se na Chapecoense, sendo o treinador responsável por levar o time da Série C até a Série A do Campeonato Brasileiro, passou também pelo Criciúma. De lá para cá, recebeu convites de tradicionais clubes nordestinos, mas optou por seguir com a ideia dos estudos.
"Tive os convites em momentos distintos do Fortaleza, Santa Cruz, ABC e Sampaio Corrêa. Times de grande apelo popular, com torcidas fanáticas, bons para trabalhar. Agradeci e todos entenderam, pela verdade empregada em cada contato. O Paysandu também procurou, assim como o Caxias, pela minha trajetória lá. Clubes com história. Fico feliz em ter podido esperar por conta deste desejo de crescimento, porque hoje me vejo um profissional melhor, com mais qualificação e pronto para um novo desafio. A estrutura do Corinthians é de excelência e tenho gratidão por esta semana que passei lá", assegurou.
De volta a Florianópolis, onde fixou residência, Dal Pozzo acompanhou pela televisão na noite desta quinta-feira (16) o Corinthians garantir a melhor campanha do Grupo 2 da Taça Libertadores da América ao ficar no 0 a 0 com o San Lorenzo.
› FONTE: Aguante Comunicação