Se você tem dores na região da musculatura da face, dores de cabeça e ouvido, você pode ser um portador de disfunção temporomandibular.
Ela atinge a musculatura mastigatória, as ATM’s (articulações localizadas na frente do ouvido) e outras estruturas e pode diminuir a qualidade de vida das pessoas por dificultar a mastigação, a fala, além de das crises de dor.
As causas desta disfunção são variadas, sendo que o estresse emocional, a ansiedade, o bruxismo (ato de apertar ou ranger os dentes durante a noite e/ou ao dia) são as causas mais apontadas. Hábitos comuns no dia a dia como mascar chicletes, apoiar a mão no rosto durante o sono ,morder canetas e roer as unhas podem contribuir para o aparecimento ou agravamento dos sinais e sintomas já existentes.
Deste modo, as DTM’s, como são chamadas, além de poder causar sintomas como dor de cabeça, de ouvido e dor e cansaço nos músculos da mastigação, os pacientes podem apresentar a presença de ruídos articulares (estalido ou crepitação) e dificuldade ou impossibilidade de abrir a boca.
Até pouco tempo atrás, os tratamentos realizados eram feitos com uso de aparelhos ortodônticos , reabilitações extensas com prótese e ajustes oclusais. "Hoje o tratamento sofreu uma grande mudança a partir da descoberta de que o bruxismo parece ser causado por um problema do sistema nervoso central e não por alterações clusais”, diz o dentista Wladmir Dal Bó, das clínicas Reabilittá e o Espaço da ATM, especialista, mestre e doutor nesta disfunção.
O tratamento pode abranger fisioterapia, acupuntura (para alivio de estresse), relaxamento, massoterapia, tratamento do ronco e apneia do sono para a reabilitação o neuromuscular. “Tudo, claro, com um diagnóstico prévio bem estabelecido”, completa. O tratamento é multidisciplinar, do qual fisioterapeutas, psicólogos e médicos devem atuar em conjunto para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo o doutor, quem procura um especialista são pessoas que apresentam estes sintomas cujos tratamentos odontológicos foram insuficientes para amenizar os sinais e sintomas.
E alerta: um dentista não especializado pode não resolver o problema, principalmente devido as grandes mudanças de conceitos nos últimos anos.
› FONTE: RMCom