Em sua vigésima edição, prova atrai competidores com participação em todos os anos da competição
Em 2015 a Volta à Ilha ASICS completa 20 anos, confirmando seu status de uma das principais provas de corrida do Brasil. O evento, que desde 1996 atraí milhares de corredores, ficou marcado na vida de muitos atletas que se dedicam durante um ano para o encontro sempre no mês de abril na capital catarinense.
Além da disputa por títulos, a prova é também um momento de confraternização entre atletas. “A Volta à Ilha é a prova que mais me dá alegria em correr. Nos meus 40 anos como atleta é o momento em que sinto mais alegria. É um momento de passar o dia com os amigos, confraternizando com atletas do Brasil e de outros países. Posso dizer que é uma festa do atletismo brasileiro”, comenta Raul Cardozo, nascido em Blumenau e com participação em todas as edições do Revezamento Volta à Ilha ASICS.
Em seu currículo, o atleta de 67 possui participação nas Maratonas de Nova Iorque, Londres, Berlim, Paris, Buenos Aires e Santiago do Chile, além de já ter completado mais de 100 meias maratonas. No entanto, é na Volta à Ilha que o blumenauense se sente realizado.
“Desde 1996 é a prova que mais me dedico nos treinamentos”, comenta o atleta que este ano fará parte de uma equipe especial reunindo os corredores com maior número de participações na Volta à Ilha. “Eu já venci a prova por cinco vezes e um ano perdemos por apenas 1m20s em uma corrida de 150km. Você consegue imaginar isso?”, encerra relembrando da prova de 2006, quando sua equipe foi superada no último revezamento.
Quem também fará parte da equipe de veteranos é o manezinho da ilha, nome como carinhosamente são conhecidas as pessoas que nascem em Florianópolis, Sr. Analto Romalino da Cunha, de 54 anos. Nascido no Ribeirão da Ilha, o corredor fala com alegria das suas vinte participações na prova.
“A Volta à Ilha representa algo de muito bom na minha vida. Treino o ano todo pensando nessa prova. É uma paixão, algo que faz parte de mim. Na primeira edição eu corri por uma equipe e depois foram dezoito anos correndo com o grupo Vento Sul. Em 2015, farei parte de um time especial, que reunirá os veteranos da prova”, comenta o corredor que também participou de todas as edições da Volta à Ilha ASICS.
Nesses vinte anos, muitos momentos marcaram a presença de Analto, mas uma ficou marcada em sua memória. “Já faz uns quinze anos, eu estava fazendo o trecho do Ribeirão da Ilha e entrou um evento muito forte. Era tão forte que começou a arrancar os telhados das casas e eu tive que ir correr pela praia. Mesmo com toda aquela ventania nós não paramos de correr”, conta.
Com tantas histórias para contar, os dois corredores têm inúmeros motivos para falar da Volta à Ilha ASICS com carinho. Para ambos a prova é um marco e quando questionados sobre o futuro a resposta é a mesma: “ainda tem muito para acontecer”.
› FONTE: Sixcomm