foto: Theo Liberato - Miriam Zomer/Agência AL
Com quase quatro anos, Theo recebeu a oportunidade, desde os primeiros dias de vida, de expandir o seu desenvolvimento e superar as dificuldades.
Ele é um dos 68 associados da Associação Amor pra Down, uma instituição sem fins lucrativos de Balneário Camboriú que atende pessoas entre zero e 40 anos nascidas com a Síndrome de Down. No dia 21 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, a associação comemorará 15 anos de existência. Na mesma data, parlamentares da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência participarão de uma homenagem à instituição.
A Associação Amor para Down surgiu em 2000 a partir de encontros de pais de pessoas com a síndrome que se reuniam para compartilhar experiências. “As dificuldades de alguns pais são pertinentes aos demais. A falta de informação, de acolhimento, trabalhos específicos é que fez com que a entidade começasse a se organizar”, diz Marco Antônio Costa, presidente da instituição. Marco atua desde 2008, mesmo ano em que houve a formalização das atividades. A formalização trouxe os serviços especializados que passaram a ser oferecidos aos associados. “Neste momento é que a Amor pra Down abriu as portas”, lembra o dirigente.
Mãe de Theo, Giane Liberato encarou a suspeita de que o filho tinha Síndrome de Down aos três meses de gravidez. Na vigésima semana de gestação, confirmou a suspeita com o exame de amniosentese. A partir daí passou a pesquisar sobre a síndrome para entendê-la e saber como poderia ajudar no desenvolvimento do filho. Foi nesta pesquisa que descobriu o trabalho da Amor por Down. “Se a gente não tivesse o apoio deles, principalmente no início, a gente não saberia que caminhos tomar. Aqui é a segunda casa do Theo”, descreveu Giane.
Giane acompanha a evolução do filho com os serviços oferecidos pela instituição, como fonoaudiologia e fisioterapia. “A parte de fisioterapia, do caminhar e do corer, está bem desenvolvida”. O garoto irá iniciar aulas de capoeira para reforçar os ganhos em equilíbrio. Na escola, segundo a mãe, Theo acompanha o aprendizado da sala.
Expansão
Nos últimos meses, a associação trabalha para concluir a construção da sede própria em Balneário Camboriú. Segundo Carlos Alberto Hanel Antoniazzi, vice-presidente, a iniciativa privada financiará as novas instalações, com mais de 400 m2, que serão erguidas em um terreno cedido pelo prefeitura da cidade. A capacidade de atendimento da nova sede subirá para 300 associados e familiares.
“A hora que você vê a condição de levar a mais pessoas uma situação melhor de atendimento, de futuro, por que não fazer?”, indaga Antoniazzi. A construção está sendo executada de modo a permitir ampliações futuras. As obras estão em andamento com a conclusão prevista para setembro deste ano. “O sonho, eu considero realizado”, comemora.
Em 2013, a instituição já havia se expandido com a inauguração da filial em Itajaí. Com as duas unidades, a Amor pra Down atende famílias de Balneário Camboriú, Itajaí, Camboriú, Balneário Piçarras, Itapema e Bombinhas.
O novo edifício-sede abrigará também a Federação Catarinense das Associações de Síndrome de Down (Fecads). Presidida por Darci Cattani Junior, a federação reúne quatro associações organizadas que, juntas, atendem 600 pessoas por mês em Balneário Camboriú e região, São José, Blumenau e Joinville. De acordo com Cattani Junior, a Fecads foi criada em outubro de 2014 para dar representatividade ao segmento. “O principal papel é difundir as associações como um todo.”
› FONTE: ALESC
