A mobilidade urbana de uma região metropolitana precisa ser planejada de maneira integrada. Para se somar ao governo nesse esforço, 32 parlamentares assinaram a lista de adesão à Frente Parlamentar da Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis, lançada na manhã desta quarta-feira (18), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright. A iniciativa de formar a frente partiu do deputado Gean Loureiro (PMDB). O lançamento foi prestigiado por prefeitos e diversos parlamentares.
“Os deputados ouvem as demandas diárias da população, portanto podem contribuir na busca de soluções”, explicou Gean. A frente parlamentar fará uma agenda permanente de acompanhamento do trabalho da Superintendência da Região Metropolitana de Florianópolis (SRMF) na execução do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (Plamus), em fase de conclusão.
O deputado entende que a aplicação de investimentos consorciados em uma região metropolitana, e não em ações pontuais em cada município, é uma tendência.
De acordo com o secretário de Estado de Planejamento, Murilo Flores, o Plamus “resultou de um profundo estudo realizado pelo consórcio contratado pelo BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”. A Região Metropolitana de Florianópolis foi a primeira do Brasil a receber um estudo do gênero. “Poucas vezes vi pesquisa com tamanho esforço e zelo”, atestou Flores.
Palestra
A convite da frente parlamentar, o ex-prefeito de Curitiba e atual superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cassio Taniguchi, fez uma explanação sobre o Plamus.
Ele explicou que o estudo reflete a realidade de 13 municípios, com mais ênfase em nove - quase 1 milhão de habitantes, territorialmente bastante espalhados. Conforme o urbanista, o Plamus é voltado para o incentivo do transporte coletivo, com uma visão integral de mobilidade.
Atualmente, 48% dos deslocamentos na Grande Florianópolis são feitos por automóvel, contra uma média nacional de 31%. Taniguchi frisou que “nenhuma cidade do mundo se sustenta planejando só o transporte individual”.
Na visão dele, de nada adiantará construir uma quarta ponte ou mais viadutos, essas estruturas também ficarão congestionadas se não houver planejamento e gestão para um transporte coletivo competitivo, planejamento do uso do solo e valorização de modais não motorizados, como as ciclovias e as áreas para pedestre.
› FONTE: ALESC