O comércio varejista catarinense apresentou uma variação de 2,2% no volume de vendas em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE . No acumulado de 2014, o volume de vendas chegou 0,1%. Quanto à receita nominal a variação acumulada em 12 meses é de 5,7%.
Em janeiro, o comércio varejista catarinense reduziu pelo nono mês consecutivo o volume de vendas no acumulado de 12 meses e já se aproxima do campo negativo - passou de 3,6% em abril de 2014 para 0,1% no primeiro mês do ano.
Também chama atenção o ínfimo resultado real. A variação da receita nominal foi de 7% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o que dá um resultado real de apenas 0,14% levando em consideração o IPCA daquele mês de 7,14%. Isso significa que a receita obtida quase não repõe o aumento dos custos, o que impacta negativamente nas margens de lucro dos empresários.
Para a Fecomércio SC, os resultados preocupam, pois a desaceleração do setor está se prolongando por um longo período. Isso prejudica as decisões de investimento das empresas e aprofunda a retração econômica.
A inflação persistente, corroborada pelo aumento do preço dos insumos básicos como a energia e os combustíveis, está corroendo a renda real das famílias e diminuindo os recursos disponíveis para o consumo. Além disso, se observa uma maior restrição ao crédito com as elevadas taxas de juros que batem recordes mês a mês, associada a uma perspectiva de desaceleração do emprego. Todos esses fatores explicam este mau momento para o comércio.
Varejo no Brasil
O comércio varejista do país inicia 2015 com variações de 0,8% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, ambas as taxas com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente).
Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos de 0,6% sobre janeiro do ano anterior e de 1,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 6,4% e de 8%, respectivamente.
Em termos do volume de vendas, cinco das 10 atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos e uma manteve-se estável na relação mês/mês anterior. As taxas foram de: 12,3% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 2,4% em móveis e eletrodomésticos; 1,4% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,3% para tecidos, vestuário e calçados; 0,3% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 0% para combustíveis e lubrificantes; -0,1% para material de construção; -0,5% em veículos e motos, partes e peças; -0,6% para livros, jornais, revistas e papelaria; e -0,7% para outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Na relação janeiro de 2015/janeiro de 2014, considerando o volume de vendas, cinco das oito atividades do varejo cresceram. Por ordem de contribuição à taxa global, os resultados foram: 4,7% para outros artigos de uso pessoal e doméstico; 19% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 5,0% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 0,7% para combustíveis e lubrificantes; e 0,2% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. As atividades cujas taxas exerceram impactos negativos foram móveis e eletrodomésticos (-3,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-10,4%); e tecidos, vestuário e calçados, com -0,7%.
› FONTE: Fecomércio