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Situação econômica do país acirra e aumenta temperatura dos debates

Publicado em 13/03/2015 Editoria: Política Comente!


foto: Eduardo Guedes

foto: Eduardo Guedes

A situação econômica do país, traduzida no ajuste fiscal aplicado pela União, acirrou e aumentou a temperatura dos debates na tarde desta quarta-feira (11) na Assembleia Legislativa. Marcos Vieira (PSDB) acusou a presidente Dilma Rousseff de desconstruir o Brasil.

“Que governo é esse, que planejamento é esse que levaram um ano para dizer ‘precisamos fazer o ajuste fiscal’”, questionou Vieira, que culpou o represamento dos preços dos combustíveis e da energia elétrica em 2014 pelos reajustes em 2015.

Segundo Vieira, a energia elétrica para as residências subiu 24% em março de 2014 e 43% em março de 2015. No caso da energia para a indústria, subiu 24% em março de 2014 e 54% em março de 2015. Já os combustíveis sofreram reajuste de11% em 2014 e 22% em 2015. “Por que não fizeram antes o ajuste fiscal para diminuir a dor do brasileiro?”, perguntou o representante de Florianópolis.

Mario Marcondes (PR) também criticou o ajuste fiscal. “O aumento dos combustíveis gerou a greve dos caminhoneiros”, declarou o deputado, que lamentou o corte na educação, que atingiu as universidades federais e privadas, além da "tesourada" no Fundo de Financiamento Estadual (Fies), no Pronatec e em direitos trabalhistas. “O Partido da República faz parte da base (do governo federal), mas isso não me obriga a aceitar todas as medidas do ajuste”, indicou Marcondes, que sugeriu à presidente Dilma Rousseff reduzir o número de ministérios e de cargos comissionados para economizar recursos.

Ana Paula Lima (PT) argumentou que as mudanças no Fies objetivaram impedir a formação de uma bolha de crédito estudantil, igual a bolha imobiliária dos Estados Unidos. “Era preciso agir, e o Ministério da Educação agiu”, afirmou a parlamentar, aludindo ao estabelecimento de um teto para o reajuste das mensalidades, fixado em 6,4%. “O aumento das mensalidades produz um aumento da dívida dos estudantes, com isso cresce a inadimplência, aumentam os juros, cria-se um círculo vicioso”, insistiu Ana Paula.

A deputada avaliou que as instituições contrariadas tentam argumentar prejuízo aos estudantes, uma vez que este não consegue renovar o financiamento no caso de a universidade/faculdade ter reajustado a mensalidade acima do teto de 6,4%.  “O estado cumpre seu papel, mas é preciso entender que o mercado impõe a lógica de otimizar o lucro”, opinou a representante de Blumenau.

Luciane Carminatti (PT) também defendeu o governo federal e citou o caso da construção do Porto de Cuba, com investimento do BNDES na ordem de 682 milhões de dólares. “Um investimento estratégico”, resumiu Carminatti, ponderando que o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba transformará o porto em porta de entrada dos produtos americanos em Cuba, assim como uma saída para produtos brasileiros em direção aos EUA.

 

› FONTE: ALESC

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