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Todas as regiões do País serão percorridas para a realização de exames

Publicado em 13/09/2013 Editoria: Saúde Comente!


Começou esta semana a coleta dos exames, segunda etapa da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) que vai dizer como está a saúde dos brasileiros e ajudará a definir as políticas públicas para o setor nos próximos anos. Para essa fase, aproximadamente mil profissionais, de cerca de 470 laboratórios, percorrerão 20 mil domicílios, em 671 municípios, com a missão de coletar amostras de sangue e urina da população.

A PNS teve início em agosto com entrevistas sobre doenças e medidas antropométricas, incluindo a pressão arterial. A etapa do laboratório está sendo realizada por meio de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês (HSL), com oobjetivo de avaliar a incidência de doenças como diabetes, hipertensão, anemia, colesterol alto, obesidade, dengue, entre outras. A primeira etapa foi realizada em cerca de 80 mil pessoas em 1,6 mil municípios.

No total, estão sendo investidos na pesquisa R$ 21 milhões, sendo R$ 15 milhões repassados pelo Ministério da Saúde ao IBGE e R$ 6 milhões pelo Hospital Sírio-Libanês, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). Neste programa, hospitais filantrópicos devolvem para a sociedade 100% dos valores decorrentes das isenções tributárias às quais têm direito, por meio de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde.

Responsável pela organização da rede de coleta de sangue e urina, o Hospital Sírio-Libanês firmou um termo de cooperação com as duas mais tradicionais empresas de medicina diagnóstica do Brasil, os Grupos “Dasa (Diagnósticos da América)” e “Fleury”, com o objetivo de garantir a qualidade do trabalho. As informações obtidas serão sigilosas, ficarão sob a guarda do IBGE e terão apenas fins estatísticos, sem qualquer identificação dos participantes.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explica que a pesquisa permitirá uma avaliação mais ampla e um melhor planejamento das ações estratégicas e políticas públicas. ”Além de permitir que possamos examinar a tendência da saúde do brasileiro na última década, a PNS traz uma radiografia bem detalhada não só do Brasil, mas de regiões, dos estados, capital e interior”, diz.

 “Esta pesquisa representa um grande desafio. A nossa colaboração se deve à importância que a iniciativa terá para o futuro das políticas públicas de saúde e, desta forma, dos benefícios que trará para a população”, afirma Sérgio Zanetta, diretor de Filantropia do Hospital Sírio-Libanês.

“A iniciativa é amplamente positiva. Pela primeira vez no País teremos uma pesquisa da população que irá trazer um excelente retrato da sua saúde. O cruzamento dos mais diversos fatores levará a um resultado que permitirá o encaminhamento correto e, até mesmo com ações preventivas, do modo de vida da população e de sua saúde”, afirma Celso Granato, assessor médico para Infectologia do Fleury Medicina e Saúde.

Vale observar que poucos países fazem este tipo de pesquisa no mundo e, normalmente, apenas os de tamanho e população menores realizam. “Por isso a importância de contribuir para uma iniciativa como essa, de aplicação em escala nacional, que engloba as mais diferentes regiões do Brasil e na qual todos os envolvidos estão tendo uma participação técnica e voluntária”, acrescenta Granato.

Para o Dr. Luiz Gastão Rosenfeld, diretor de Relações Institucionais da DASA e coordenador da Pesquisa Laboratorial, este é um passo muito importante para o Brasil, já que os setores público e privado estão se unindo em prol da saúde da população brasileira. “É uma satisfação realizar um projeto desta magnitude, em que o ineditismo desta parceria vai contribuir diretamente para mapear a saúde dos brasileiros. A DASA vai colaborar com este projeto fazendo a execução dos exames por meio do Delboni Auriemo.

Já o grande desafio, que é a coleta domiciliar nos 670 municípios e o transporte dessas amostras para São Paulo, será realizado por meio de parceria com 470 laboratórios clientes do Laboratório Alvaro, marca da DASA com atuação específica no apoio a outros laboratórios no Brasil”, explica.

Quem é quem na pesquisa

Os recursos para a realização dos exames laboratoriais de sangue e urina virão dos investimentos realizados pelo Hospital Sírio-Libanês dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. Neste programa, hospitais filantrópicos devolvem para a sociedade 100% dos valores decorrentes das isenções tributárias às quais têm direito, por meio de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde.

DASA coordenará a operação de coleta através dos cerca de 470 laboratórios locais e execução de parte dos exames do projeto. O Grupo Fleury, por meio da marca Fleury Medicina e Saúde, será responsável por coletas e resultados na cidade de São Paulo. A empresa colocará à disposição do projeto sua expertise de 87 anos em medicina diagnóstica, sua assessoria médica, apoio administrativo e equipe técnica para realização dos exames. Para evitar dúvidas, os agentes dos laboratórios que irão até os domicílios estarão identificados com o logotipo da pesquisa.

IBGE é o responsável pelo planejamento amostral e o trabalho de campo da primeira etapa, entrevistando, motivando e selecionando voluntários que serão sujeitos da pesquisa na etapa de coleta de exames. Esse cadastro, gerado aleatoriamente pelo sistema do Instituto, sobre a amostragem da fase anterior da pesquisa, será transmitido aos laboratórios. O órgão receberá os resultados dos exames, que passarão por processo de desidentificação (eliminação da identificação das pessoas) para posterior envio para análise.

Ministério da Saúde é o responsável pela PNS, coordenando as ações desde a concepção; planejamento; usos e definição dos temas a serem pesquisados; elaboração do questionário; financiamento; articulação com parceiros com o IBGE e o Sírio-Libanês. Cabe ainda ao Ministério da Saúde a supervisão de todo o processo da pesquisa, que a partir dos resultados fará as análises e conclusões que orientarão as ações futuras de saúde pública. A divulgação dos resultados será realizada pelo Ministério da Saúde.

 

› FONTE: RMA Comunicação

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