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Para os especialistas, o câncer de mama já se configura como um problema de saúde pública, que atinge anualmente mais de 52 mil mulheres no Brasil, segundo levantamento do Inca (Instituto Nacional do Câncer), sendo quase 13 mil mortes por ano.
Enquanto no Brasil as taxas de incidência e mortalidade crescem, diferentemente em outros países, a mortalidade está diminuindo. “Isso porque apenas 5% dos casos possuem ligação com a genética, os outros 95% estão ligados à interação da paciente com o meio ambiente, o quer dizer que é possível diminuir”, explica Dr. Carlos Alberto Ruiz, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Os fatores de risco que podem mudar referem-se à prevenção primária, que é a visita periódica ao mastologista, o diagnóstico precoce, essencialmente através da realização da mamografia para as mulheres acima de 40 anos, a alimentação saudável e a atividade física.
De acordo com o presidente, com um estilo de vida mais saudável é possível reduzir os índices. Outro fator primordial é a informação. “Estamos perdendo vida por falta de informação. Boa parcela da população sequer sabe que a mastologia é a especialidade médica que cuida da saúde da mama. Nossa campanha tem o objetivo de esclarecer essas e outras questões”, afirma Ruiz, lembrando que ter acesso à mamografia é um direito de toda mulher garantido por lei federal.
“A mamografia é o exame mais preciso para o diagnóstico precoce”, alerta. Mas o fato é que poucas mulheres conhecem a importância desse exame para a detecção do câncer de mama em estágio inicial. Somado a isso, há um mito na sociedade a respeito desse exame, o que, também pela falta de informação e medo, afasta as mulheres e retarda a realização do exame. “É comum a paciente evitar o exame por vários motivos, dentre eles, o medo de sentir dor e, o pior, o receio de receber uma má noticia. Mas, na realidade, o raciocínio deve ser o oposto, pois o diagnóstico precoce é essencial e eleva as chances de cura para 95%, além de ser determinante à preservação dos seios na cirurgia de retirada do tumor”, conclui o presidente da SBM.
Para sensibilizar as brasileiras para o tema, a SBM realiza a campanha “Eu amo meus peitos”, em que mulheres comuns foram convocadas a mostrar, de forma anônima, os seios nas peças de divulgação. Em paralelo, a SBM disponibiliza em seu site (www.sbmastologia.com.br) um grande acervo de informações sobre prevenção, exames, tratamentos e a doença, além de esclarecer dúvidas da população.
De forma inédita, a entidade, através de parcerias, tem realizado diversas ações na rua, estreitando o relacionamento com o povo e, acima de tudo, levando informação, esclarecimento e conscientização. “Hoje sabemos mais sobre o câncer de mama e existem várias entidades, como a SBM, que buscam disseminar os cuidados para evitar a doença e dar suporte às suas vítimas. A população pode e deve se informar para ajudar a combater essa realidade. Vamos nos engajar para garantir um futuro mais saudável”, convoca Ruiz.
Sobre a campanha
A SBM promove a campanha de prevenção ao câncer há 12 anos e foi criada para disseminar a informação. Para estimular o engajamento nesta edição, fanpage no Facebook veicula notícias sobre o câncer de mama e serve de canal de comunicação para a população tirar dúvidas.
Diferentemente desta edição, as campanhas anteriores contaram com “madrinhas” bem conhecidas – celebridades inspiradoras de comportamentos, capazes de mobilizar a sociedade para o tema. Ana Maria Braga, Giovana Antonelli, Regina Duarte, Luiza Brunet e outras contribuíram para a ação, que sempre privilegia a prestação direta de serviços.
› FONTE: Contextual Comunicação Integrada
