A fatia dos brasileiros que dizem não ter um partido de preferência saltou de 61% em dezembro de 2014 para 71% em janeiro deste ano. Trata-se do maior patamar desde o início da série histórica do Datafolha para essa pergunta, em agosto de 1989.
A rejeição à representação política já tinha dado um salto em junho de 2013 –época dos protestos que pararam o país–, quando passou de 55% para 64%. Desde então, oscilou próxima a esse patamar, mesmo durante a eleição presidencial de 2014.
Entre dezembro de 2014 e janeiro deste ano, a parcela dos eleitores que dizem, em resposta espontânea, ter o PT como seu partido favorito caiu de 22% para 12%. Na época do mensalão, o nível mais baixo tinha sido de 15%.
A queda de apoio ao partido não beneficiou as legendas rivais. Principal sigla de oposição, o PSDB viu sua base de apoio ir de 7% para 5%. Algumas siglas pequenas oscilaram de 0% para 1%, mas o movimento tem sido pendular.
Na pesquisa de dezembro de 2014, entre os simpatizantes do PT, 71% consideravam o desempenho do governo ótimo ou bom.
Agora, esse índice é de 52%. Na via oposta, a fatia dos petistas que avaliam a administração atual como ruim ou péssima quadruplicou, passando de 3% para 12%.
Embora permaneça em patamar mais elevado do que nos demais estratos, o recuo da aprovação entre os brasileiros que têm o ensino fundamental despencou de 54% para 31%. No recorte dos que têm renda familiar mensal até dois salários mínimos, a queda foi de 50% para 27%.
Regionalmente, o recuo foi mais marcante no Nordeste com queda na aprovação de 53% para 29%. Com isso, o Norte, onde a queda foi de 51% para 34%, ultrapassou o Nordeste como região onde o PT conta com seu maior apoio.
Os dados foram levantados pelo Datafolha em pesquisa realizada entre os dias 3 e 5 de fevereiro, com base em 4.000 entrevistas feitas em 188 municípios.
› FONTE: Vejamos