Prefeitura participa com a requalificação de parques municipais.
A população e os turistas de Florianópolis desfrutam, neste verão, da revitalização de áreas verdes e de lazer. Passaram por obras o Parque Municipal da Lagoa do Peri, no Sul da Ilha, e as praças Edson Pereira do Nascimento (a praça do Bentinho) e do Jardim Albatroz, na Fazendinha do Córrego Grande, além do novo Parque Municipal Annibal da Rocha Nunes Pires, na Ponta do Sambaqui, no Norte da Ilha.
No total, foram investidos cerca de R$ 1,5 milhão. Além disso, outras áreas de lazer estão em construção ou em vias de iniciar as obras.
Tanto a praça do Jardim Albatroz quanto a praça do Bentinho foram revitalizadas em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta que ficou conhecido como "TAC da Fazendinha".
Ele foi firmado em fevereiro de 2013 entre o Ministério Público do Estado de Santa Catarina, através da 28ª Promotoria de Justiça da Capital do Meio Ambiente, a Prefeitura de Florianópolis e quatro construtoras (a Formacco Cezarium, a Dimas Empreendimento, a Álamo Construtora e a Construtora Pinheiro), tendo recebido um aditivo em dezembro do mesmo ano.
Na praça do Jardim Albatroz – que, assim como a praça do Bentinho, teve sua revitalização entregue no Dia da Criança do ano passado – Ari Ghiggi, morador da região, passeia com a filhinha Carol, de três anos, duas vezes por dia, a menos que esteja chovendo. "Ela adora a praça", conta o pai.
Quem também marca presença no lugar diuturnamente, acompanhada da cachorra que pertence à avó, é a estudante Marina Lima, de 13 anos. "Gostei muito que colocaram uma quadra de vôlei, pois no meu condomínio não tem área de lazer, e acabo usando esse espaço", conta Marina.
É que na revitalização do espaço, que tem área de aproximadamente 6,5 mil metros, foram feitas melhorias na quadra de vôlei de areia e no campo de futebol de grama, foi construída uma área de estar com bancos, foi feito ajardinamento (antes só tinha arborização), construíram-se passeios públicos, trocou-se o playground e foram instalados nova iluminação e bicicletário, entre outras benfeitorias.
"A praça foi remodelada, mas foram mantidas suas características originais", disse a arquiteta responsável pelo projeto, Juliana Castro.
Na praça do Bentinho, de cerca de 1,9 mil metros quadrados, entre as obras executadas foi mudada a forma do campo de futebol de grama – de trapézio para retangular – e refeitos os caminhos dentro da área de lazer, que contaram também com a reforma do playground e a instalação da iluminação e do bicicletário.
Ao todo, as quatro construtoras que firmaram o TAC e ficaram responsáveis pelas revitalizações, investiram R$ 774.533,07 na praça do Jardim Albatroz e R$ 233.092,92 na praça do Bentinho.
Ações da Prefeitura
"É reconfortante ver as áreas de lazer, os parques e as áreas verdes de nossa cidade sendo bem tratadas, independentemente da origem da verba, pública ou privada, que promove essa requalificação. Florianópolis é a capital com a maior área urbana preservada do país, nada mais justo e coerente que trabalhemos para manter e até ampliar esse recorde positivo", disse o prefeito Cesar Souza Junior.
De sua parte, a Prefeitura de Florianópolis inaugurou no dia 6 de dezembro a implantação do Parque Municipal Annibal da Rocha Nunes Pires, na Ponta do Sambaqui, feita em parceria com a Associação de Moradores de Sambaqui.
A nova área de lazer da Capital, que custou cerca de R$ 250 mil aos cofres municipais, conta com pavimentação (com paver e concregrama), palco para eventos, mesas e bancos e iluminação. Além disso, a cruz de madeira afixada no local – símbolo de imigração açoriana – foi revitalizada.
A Fundação Municipal do Meio do Meio Ambiente (Floram) chama a atenção para o fato de que a realização de uma antiga reivindicação dos moradores locais "é um divisor de águas na conservação deste espaço fundamental para a comunidade e para a cidade, pois trata-se de um dos lugares mais importantes do ponto de vista da paisagem e da história de Florianópolis".
Já a entrega da revitalização do Parque Municipal da Lagoa do Peri ocorreu no dia 18 de dezembro, ao custo aproximado de R$ 280 mil. Além de reforma da sede administrativa, foi feita a implantação de um portal de entrada e de acesso para cadeirantes ligando a sede à orla da lagoa e a instalação de mesas e bancos de madeira pelo parque.
Outras áreas de lazer
Ainda por conta do TAC da Fazendinha, está em construção, com previsão para ser inaugurada no dia 1º de março, a praça da Comunidade do Sertão, no Córrego Grande, em área de 3,9 mil metros quadrados. Ela vai contar com ambiente de estar, playground, iluminação, campo de futebol, quadra polivalente, cascata, passeios públicos, arborização, ajardinamento e grande área livre que possibilite brincadeiras ao ar livre.
Já para o dia 15 de março está previsto o início das obras de implantação da primeira faixa do Parque Linear do Córrego Grande – que será o primeiro parque urbano de Florianópolis – no trecho que abrange a Fazendinha.
Ainda de acordo com a arquiteta Juliana Castro, também responsável pelo projeto piloto, ele prevê ponte para pedestres e ciclistas, ciclofaixa, pista de caminhada, playground, equipamento de ginástica e plantio de árvores nativas frutíferas e floríferas, além de iluminação, ao longo do rio Córrego Grande. Esta primeira faixa terá 17.200 metros quadrados, ao custo, para as construtoras, de R$ 1,9 milhão.
A criação do parque está prevista na lei municipal nº 9.455/14. Na prática, funcionará como um "corredor verde" que interligará duas unidades de conservação: o Parque Municipal do Maciço da Costeira e o Parque Municipal do Manguezal do Itacorubi.
Acredita-se que a iniciativa vai melhorar a mobilidade e a segurança dos bairros Itacorubi, Córrego Grande, Jardim Santa Mônica e as localidades do Parque São Jorge, Jardins Itália, Anchieta, Flor da Ilha, Germânia e Albatroz.
Mais sobre o TAC da Fazendinha
O Termo de Ajustamento de Conduta foi firmado em decorrência de solicitação de revisão da forma de parcelamento do solo de terreno de 60 mil metros quadrados da Fazendinha do Córrego Grande, feita pelo Fórum da Bacia do Itacorubi ao Ministério Público estadual.
O pedido culminou com a instauração de um inquérito civil público que versou sobre construções irregulares no entorno da área, uma vez que, no processo do parcelamento, não foram destinadas áreas verdes e de lazer e área comunitária institucional, na proporção de 10% e 5%, respectivamente, tal como determinava o Plano Diretor de 1997.
Ao todo, o TAC estipulou 12 medidas compensatórias, com vistas a mitigar o impacto causado pela irregularidade verificada e fazer adequado uso sustentável do solo e demais recursos naturais, com vantagens urbanísticas.
› FONTE: Prefeitura de Florianópolis