Metade das 826 empresas de planos de saúde no país que fazem atendimento a gestantes tem percentuais de cesáreas acima de 90%.
Os dados são de um balanço da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), feito a pedido da Folha, que mostra o índice de partos cirúrgicos de cada operadora.
Dessa parcela, 92 não tiveram nenhum parto normal em 2013, data dos últimos dados consolidados. Na outra ponta, apenas 15 (1,8%) têm uma taxa de cesarianas inferior a 45% --portanto, dentro de uma meta utilizada pela ANS para calcular o índice de desempenho dos planos.
Entre as dez maiores operadoras de planos de saúde, o percentual de cesáreas varia de 64,7%, caso da Bradesco Saúde, a 97,3%, índice da SulAmérica.
Em 2013, o índice de cesáreas nos planos de saúde foi de 84,5% --dez anos antes, em 2004, eram 79%.
A Organização Mundial da Saúde, porém, recomenda um índice de 15%, calculado a partir da frequência esperada de situações em que a cesariana é o procedimento mais recomendado para salvar a vida da mãe e do bebê.
› FONTE: Vejamos