A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) chegou ao mês de janeiro no patamar positivo de 130,6, após apresentar quedas nas comparações mensal (-0,7%) e anual (-9,5%).
Apesar do índice positivo, a Fecomércio SC avalia que o ICF deste primeiro mês de 2015 reflete os impactos da oferta de crédito restrita, dos elevados juros e do menor crescimento da renda real, fatores que impedem um crescimento mais substantivo das vendas no comércio.
A entidade prevê uma recuperação da intenção do consumo das famílias somente a partir do final do ano de 2015. Esta recuperação será uma consequência das medidas econômicas anunciadas recentemente pelo governo para reequilibrar as contas públicas.
Por enquanto, as mudanças reforçam o sentimento de cautela entre as famílias catarinenses, no entanto, os ajustes estão transmitindo a credibilidade necessária aos agentes econômicos, tanto nacionais como estrangeiros, o que é fundamental para que a reorganização econômica seja rápida.
Perspectiva de consumo
A perspectiva de consumo das famílias catarinenses caiu -7,3% entre dezembro e janeiro. Na comparação anual, houve queda expressiva de -27,5%. A forte queda anual pode ser explicada pelo crescimento reduzido da renda e pelos juros elevados.
O resultado absoluto deste indicador - 108,6 pontos - demonstra que as famílias estão cautelosas quanto às perspectivas de consumo. Isso já pode ser visto no índice de volume de vendas que chegou a 0,5% em Santa Catarina, no acumulado de 12 meses, segundo dados do IBGE.
Emprego, renda e consumo atuais
A confiança em relação à renda atual subiu 1,4% na comparação mensal e caiu -1,1% na anual. Os dados refletem o crescimento reduzido da renda real do trabalhador, de apenas 0,7% no último mês, de acordo com dados do IBGE.
As expectativas sobre o consumo atual, por sua vez, subiram 1,5% no mês e caíram -5,2% no ano. O nível de emprego mantém um nível alto, apesar do desaquecimento da economia. Essa taxa teve quedas de -0,2% no mês e de -4,9% no ano.
Em termos absolutos, os indicadores emprego (142,7 pontos) , renda (163,4 pontos) e consumo (113,4 pontos) atuais estão acima da barreira dos 100 pontos, o que demonstra otimismo dos catarinenses.
› FONTE: Fecomércio