Em reunião na FIESC, distribuidora apresentou plano que prevê correções automáticas de até 5%.
A SCGÁS apresentou nesta quinta-feira (22) proposta de redução para seis meses no intervalo entre os reajustes nas tarifas de gás natural em Santa Catarina.
O plano foi detalhado durante reunião da Câmara de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis. Segundo a distribuidora, as variações no custo do insumo, cotado em dólar, por vezes colocam a empresa em situação de prejuízo e este novo formato agilizaria a reposição das perdas.
Na opinião do presidente da Câmara, Otmar Müller, é preciso buscar o aprimoramento do contrato de concessão e esta seria uma boa oportunidade para isso.
“O contrato atual, do começo da década de 1990, contém lacunas e pontos de interpretação dúbia. Vamos buscar o debate, envolvendo também o governo do Estado e a Agesc (agência que regula os serviços públicos no Estado)”, defendeu Müller.
O plano apresentado pela companhia foi desenvolvido pela consultoria Zenergás, de São Paulo, e prevê correções automáticas em percentuais de até 5%. Neste plano seria levado em conta o custo de compra do gás pela distribuidora, classificado como não-gerenciável.
Na reunião, a SCGÁS também revelou que pediu à Agesc autorização para aplicar, a partir de fevereiro, reajuste médio ponderado de 2,99% nas tarifas. Para as empresas, o aumento médio proposto é de 2,36%. Dados apresentados pela companhia mostram que, devido a alta no custo do gás, em dezembro último a empresa operou com margem negativa.
Müller destacou que reconhece os argumentos da distribuidora, mas que a indústria passa por um período de diversos reajustes e que qualquer novo aumento de custo será sentido pelo setor.
A empresa mostrou ainda um resumo de seus investimentos, apontando que no ano passado foram aportados R$ 41 milhões, sendo R$ 35 milhões em expansão da rede. Nos últimos cinco anos, de acordo com a SCGÁS, foram investidos R$ 228 milhões.
Para os próximos cinco anos, a previsão é de aumento de 30%, para R$ 297 milhões. Esta proposta está sendo analisada pelo conselho de administração da companhia.
› FONTE: Fiesc