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Tabela do imposto e renda está defasada em 64,3%

Publicado em 19/01/2015 Editoria: Economia Comente!


foto: Divulgação

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A tabela do Imposto de Renda (IR) aprofundou ainda mais a defasagem em relação à inflação. O reajuste anual de 4,5% das faixas de cobrança não foi suficiente para compensar o avanço do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2014 em 6,41%. Trata-se do quinto ano consecutivo de correção abaixo da inflação.

Com esse novo aumento na discrepância, o imposto passou a acumular uma defasagem de 64,28% desde 1996, ano em que a tabela foi convertida de unidades fiscais para o real. Os cálculos foram feitos pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) a pedido do Estado.

Esse movimento também se deve, em parte, aos aumentos acima da inflação aplicados ao salário mínimo nos últimos anos.

Em 2014, houve um reajuste de 6,78% no piso nacional das remunerações, ante uma correção de 4,5% do IR. Já em 2015 houve uma alta de 8,8% nos salários, ante uma correção ainda incerta das faixas do tributo.

Isso porque o ajuste da tabela segue indefinido neste ano e pode ficar novamente abaixo do IPCA. Em dezembro, o Senado aprovou um reajuste de 6,5%, o teto da meta de inflação, mas o Palácio do Planalto defende uma correção menor, de 4,5% – o centro da meta.

Uma Medida Provisória com essa redação chegou a ser editada pela presidente Dilma Rousseff em 2014, mas embate entre base e oposição fez com que ela perdesse a validade. Agora, a única forma de barrar essa correção de 6,5%, considerada muito alta pelo Planalto, é pelo veto de Dilma, que pode ser anunciado nos próximos dias.

O estudo dos auditores fiscais mostra que a defasagem crescente pune, sobretudo, os contribuintes de mais baixa renda. Quem ganha até R$ 2.936,94 por mês deveria ser isento de IR, de acordo com os cálculos, mas acaba sendo tributado atualmente pelas alíquotas de 7,5% e 15%.

 

 

 

› FONTE: Vejamos

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