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Abandonos, troca na liderança e vitória chilena nas motos agitam etapa turbulenta do Dakar

Publicado em 13/01/2015 Editoria: Esporte Comente!


foto: Marcelo Maragni/Red Bull Content

foto: Marcelo Maragni/Red Bull Content

Tetracampeão Marc Coma assumiu a ponta após Joan Barreda perder 1h30min na primeira parte da especial e assim dar adeus à corrida pelo título; Pablo Quintanilla vence pela primeira vez.

 A segunda metade do Rally Dakar 2015 para as motos, que teve início nesta segunda-feira (12), com a disputa da parte final da etapa maratona, na qual os pilotos não podem ter assistência das equipes na manutenção dos veículos, causou uma reviravolta na classificação geral da categoria.

A especial que passou pelo Salar de Uyuni, considerado o maior deserto de sal do mundo, e que foi dividida em duas partes, em 378 km e 38 km, além de um neutro de 368 km, deu ao espanhol Marc Coma (KTM) a liderança no acumulado após seu compatriota Joan Barreda (Honda) perder mais de 1h30min no primeiro trecho da rota.

O cronometrado entre Uyuni (BOL) e Iquique (CHL) também coroou o ótimo desempenho do chileno Pablo Quintanilla (KTM), que saiu com a inédita vitória com o tempo total de 2h56min19s.

Ditando o ritmo da competição até a sétima etapa, quando teve o guidão quebrado e precisou completar os últimos 120 km de percurso em condições bastante adversas, Barreda teve mais um dia desesperador.

O espanhol, que em um jogo de equipe recebeu nesta manhã o guidão do argentino Demián Guiral para se manter no primeiro posto, sofreu durante o trecho, sendo rebocado pelo companheiro de equipe Jeremías Israel (CHL), e viu a primeira posição cair no colo de Coma. E pior, ainda sem ter terminado o trajeto até o fechamento da matéria, ele deu adeus às chances de título.

O novo líder, tetracampeão da prova, também teve dificuldades para finalizar a especial. Porém, o nono melhor tempo no dia foi suficiente para Coma assumir a liderança e ainda abrir uma vantagem considerável para o português Paulo Gonçalves, da Honda.

O luso, outro que se enrolou no trajeto e que completou apenas em 15º, está nove minutos atrás do ponteiro. “Foi um dia extremo. Foi muito difícil no Salar de Uyuni, havia a altitude, o frio, tudo misturado. O importante é que é o nosso último dia aqui”, comenta Coma.

A oitava etapa também marcou a boa performance de Juan Pedrero Garcia, da Yamaha. Ao terminar o percurso em segundo lugar, ele colocou pela primeira vez o time azul no pelotão de elite da atual edição do Dakar.

A terceira posição ficou com o eslovaco Stefan Svitko (KTM), seguido do australiano Toby Price, também da equipe austríaca.

Quem não teve vida fácil foi o brasileiro Jean Azevedo. Apesar das inúmeras dificuldades em razão da etapa maratona e do próprio clima, o piloto da equipe Honda South America Rally Team conseguiu concluir o trajeto e terminar em 51º. Ele está em 26º no acumulado.

Abandonos

A instabilidade do clima, fato que fez a organização adiar por alguns instantes a largada e quase alterar parte do percurso do dia, causou vários e importantes abandonos.

O chileno Daniel Gouet (Honda), por exemplo, foi obrigado a deixar a competição com hipotermia. Outros, como o espanhol Jordi Viladoms (KTM), o italiano Alessandro Botturi (Yamaha) e o francês Michael Metge (Yamaha), se retiraram da prova após problemas mecânicos.

Mulher conquista feito inédito

Não só Quintanilla e Coma têm algo a comemorar após a rápida e dura passagem do Dakar pela Bolívia. A espanhola Laia Sanz, da Team HRC (Honda), conquistou um resultado inédito ao terminar a especial na quinta colocação, apenas 2min36s atrás do vencedor. Na classificação geral, ela está na nona posição.

Novos desafios pelo caminho

Os participantes das motos do Rally Dakar continuam a saga da 37ª edição da prova nesta terça-feira (13) com a nona etapa. A disputa no Chile, entre as cidades de Iquique e Calama, terá um trecho cronometrado de 450 quilômetros.

› FONTE: VIPCOMM

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