De janeiro até o mês passado as receitas líquidas do governo central cresceram, mas não foram suficientes para superar os gastos no mesmo período.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve resultado primário deficitário em R$ 6,711 bilhões em novembro. Isso significa que o esforço fiscal não foi suficiente para garantir a economia para pagamento dos juros da dívida. O número é o pior para meses de novembro desde o início da série histórica, em 1997. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Tesouro Nacional.
Com o resultado, o déficit acumulado no ano pelo governo central atingiu R$ 18,319 bilhões em novembro. A meta reduzida de superávit primário para 2014 é R$ 10,1 bilhões. Originalmente, era R$ 80,7 bilhões, mas foi reduzida em razão da queda na arrecadação e aumento de gastos.
De janeiro a novembro, as receitas líquidas do governo central cresceram 2,8%. Os gastos, porém, aumentaram em ritmo maior: 12,7%. As despesas com folha de pagamento cresceram 8,5%.
O maior crescimento, entretanto, ocorreu nas despesas de custeio (manutenção da máquina pública) e capital, que subiram 18,4%. Nessa rubrica, as variações mais significativas foram o aumento de 16,4% nas despesas discricionárias (geralmente investimentos, que o governo pode ou não executar) e de 33,9% nas despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
› FONTE: Congresso em foco