Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

A política da Capital manchada pela corrupção

Publicado em 15/12/2014 Editoria: Florianópolis Comente!


foto: Divulgação

foto: Divulgação

Escândalos de corrupção, fraude, peculato e até mesmo abuso sexual rondam a Ilha da Magia. A verdade é que a política atual está repleta de pessoas que pouco prezam pelo bem da sociedade e que estão mais distantes do que nunca das necessidades dos cidadãos.

Desde o final de 2013, o ex-deputado Nilson Nelson Machado, o Duduco, responde processo em liberdade na 1ª Vara Criminal de Florianópolis por abuso sexual de menores e maus tratos.  O político ficou preso por 36 dias no Presídio Masculino de Florianópolis. O caso veio à tona quando foram divulgados depoimentos de crianças e jovens, legalmente filhos adotivos dele, que teriam sido abusados.

Além do caso Duduco, outros crises estouraram na Ilha da Magia nos últimos tempos. Uma delas foi deflagrada no dia 12 de novembro, quando teve início a operação Ave de Rapina, que indiciou mais da metade dos vereadores de Florianópolis e foi encerrada na quinta-feira, dia 4.

As investigações da Polícia Federal (PF) apontaram um esquema de fraude em licitações na Prefeitura de Florianópolis e na Câmara de Vereadores. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e de condução coercitiva em Florianópolis, Joaçaba e Rio Grande do Sul.

Foram apuradas irregularidades envolvendo o projeto de lei Cidade Limpa, a operação dos radares através do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e fraudes em licitações da Fundação Franklin Cascaes. Acredita-se que mais de 30 milhões de reais teriam sido desviados.

Na primeira fase da operação 15 pessoas foram presas e 26 indiciadas. Outras 24 pessoas, sendo 14 vereadores, foram denunciadas por corrupção passiva e organização criminosa no encerramento do terceiro inquérito.

Dos 14 vereadores, quatro são do conselho de ética. Regimentalmente, eles deverão ser afastados do conselho. O presidente da câmara, Jerônimo Alves (PRB) aguarda a manifestação do MP/SC pela denúncia ou não dos 14 vereadores indiciados. Se confirmada a denúncia, o presidente pedirá o afastamento de todos os envolvidos.

Confira quem são os indiciados na operação Ave de Rapina

 

 O indiciamento foi decidido após análise da documentação apreendida na sede da empresa Visual Brasil, onde foram encontradas três listas nas quais são apontados nomes de parlamentares e de empresas ao lado de valores que seriam propina para alterações no projeto de lei Cidade Limpa. O proprietário da empresa Visual Brasil, Adriano Fernando Nunes foi preso sob suspeita de arregimentar empresários para pagamento de propina para descaracterizar o projeto.

As provas da PF apontam para a tentativa dos ex-diretores de Operação do IPUF Júlio Pereira Machado, Júlio Caju e Adriano João de Melo, esconderem as propinas recebidas das empresas por meio da compra de apartamentos. Caju e Melo teriam comprado três apartamentos, sendo um deles em sociedade.

O promotor Alexandre Graziotin, do Ministério Público de Santa Catarina(MP-SC), concluiu a análise dos dois primeiros inquéritos na última quarta-feira (10). Em entrevista coletiva, ele pediu o afastamento de Marcos Aurélio Espíndola e do ex-presidente da Câmara, Cesar Faria (PSD), que já foi atendido pelo juiz Marcelo Volpato. Confira aqui a nota 

Entre as restrições aos vereadores estão:

1. Afastamento da cadeira de vereador 

2. Entregar o passaporte

3. Proibição de deixar o país

4. Comparecimento a todos os atos jurídicos do processo e não mudar de endereço

5. Proibição de se ausentar por mais de oito dias da cidade 

6. Proibição da entrada em qualquer prédio da administração pública municipal, como a Câmara de Vereadores e a prefeitura, por exemplo

7. Comparecimento uma vez por mês ao fórum municipal

8. Proibição de ter contato com os outros investigados e qualquer funcionário do Câmara municipal

Graziotin solicitou a revogação da prisão dos 16 indiciados nesta parte da operação. Mas a Justiça decidiu pela liberação de sete dos presos ainda na quinta-feira (11). Entre elas Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PSD), Fabiano Barreto, funcionário da Kopp, Walmor Nascimento e Davi Nascimento, proprietários da empresa Artmil, além de Eliseu Kopp, que estava preso no Rio Grande do Sul, e também foi liberado. 

Theo Mattos dos Santos, ex-servidor municipal, Tiago da Silva Varela, ex-gerente administrativo e financeiro do IPUF, José Norberto D´Agostini, proprietário da empresa Focalle, o empresário da área de mídia visual Adriano Nunes e ex-presidente da Fundação de Cultura de Florianópolis Franklin Cascaes, João Augusto Freysleben.

Denunciados na operação:

No final do mês passado, o prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) anunciou medidas para reforçar o controle da máquina administrativa municipal após as supostas fraudes.

Uma delas é a criação de uma comissão para analisar toda a documentação envolvida na operação e a suspensão dos pagamentos à empresa Kopp Tecnologia, investigada por irregularidades no contrato de radares com a Prefeitura.

O prefeito destacou que a partir de agora todas as emissões de ordem de servico dependerão de prévia autorização do Comitê Gestor de Governo. A nova regra cobra das instituições mais de três anos de criação, ficha limpa e experiência comprovada na área.

Por enquanto, fica a dúvida se estas ações ajudarão na gestão da máquina pública e se os culpados realmente pagarão pelos seus crimes. 

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

Comentários