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Movimento Mulheres em Luta cobra fim da violência de gênero

Publicado em 05/12/2014 Editoria: Política Comente!


foto:  Vanessa Fernandes de Souza Cunha disse que SC se destaca de forma negativa no mapa da violência contra a mulher - Juliana Stadnik/Agência AL

foto: Vanessa Fernandes de Souza Cunha disse que SC se destaca de forma negativa no mapa da violência contra a mulher - Juliana Stadnik/Agência AL

Representantes do Movimento Mulheres em Luta (MML) ocuparam a tribuna na sessão da manhã de hoje (4) para solicitar o apoio dos deputados em ações de combate à violência contra o gênero feminino. O autor do requerimento para a manifestação foi o deputado Sargento Amauri Soares (PSOL).

A entidade promove um abaixo-assinado para que 1% do Produto Interno Bruto Nacional seja destinado a ampliar os mecanismos previstos na Lei Maria da Penha, como a construção de delegacias especializadas, centros de referência e casas abrigo.

A medida, afirmou Vanessa Fernandes de Souza Cunha, do MML, poderia beneficiar, sobretudo, Santa Catarina, que se destaca de forma negativa no mapa da violência contra a mulher. “Somente de janeiro a novembro deste ano, 84 mulheres foram assassinadas em nosso estado, que consta também como o terceiro em casos de estupro em todo o país. Isso não pode ser normal e não é banal.”

Violência escondidaAlém das agressões físicas, as mulheres também são alvo constante de maus tratos que não são percebidos como tal pelo poder público, alertou Vanessa. Entre eles, a dupla jornada de trabalho, falta de creches, serviços médicos inadequados e revistas abusivas no sistema carcerário. “Cada vez que cortam verbas dos serviços públicos, estão nos atingindo diretamente”, alertou.

Ela também reivindicou aos parlamentares a revisão da Lei Complementar nº 456 de 2009, que dispõe sobre a admissão de pessoal no magistério público estadual e trataria de forma discriminatória os profissionais admitidos em caráter temporário (ACT).

“Em SC temos um caso peculiar, os professores ACTs são maioria, mas não possuem as mesmas possibilidades dos efetivos de levar um filho para o hospital. Precisamos que os deputados olhem com muito carinho essa lei, que está ferindo os direitos não só das mulheres, mas também das crianças.”

 

› FONTE: ALESC

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