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Maria da Penha destaca a necessidade de políticas públicas para as mulheres

Publicado em 03/12/2014 Editoria: Política Comente!


foto: A ativista Maria da Penha participou de palestra sobre o Dia de Luta das Pessoas com Deficiência -  Fábio Queiroz/Agência AL

foto: A ativista Maria da Penha participou de palestra sobre o Dia de Luta das Pessoas com Deficiência - Fábio Queiroz/Agência AL

Símbolo da luta das mulheres contra a violência doméstica,  a ativista Maria da Penha participou na noite desegunda-feira (1º) de um evento, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Em visita ao estado catarinense, a convite da Comissão de Defesa dos Diretos da Pessoa com Deficiência, a brasileira deu início as atividades programadas para esta semana, em alusão ao Dia de Luta das Pessoas com Deficiência, comemorado anualmente em 3 de dezembro.

Recepcionada pela deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), atual coordenadora da Bancada Feminina no Poder Legislativo, Maria de Penha participou também do lançamento do 2º Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva, que acontece no decorrer desta semana, na Capital.

Engajada na luta contra a violência direcionada às mulheres, sua presença no encontro foi marcada por suas palavras de força e coragem. Na palestra, ela fez um breve relato sobre a sua trajetória  de vida e luta, que a fez entrar para história brasileira, inspirando a criação da Lei Federal nº 11.340/04, a Lei Maria da Penha, que torna mais rígida a punição para quem comete agressão física ou psicológica as mulheres.

Aos 63 anos de idade, Maria abordou em sua palestra  a importância da denúncia no processo de punição do agressor. Vítima de violência doméstica, que a deixou paraplégica, a ativista compartilha sua experiência de vida, na tentava de chamar a atenção e especialmente alertar as vitimas para gravidade do problema, que segundo ela ainda enfrenta grandes dificuldades na aplicação da Lei Maria da Penha, no Brasil.

De acordo com a ativista, a efetivação da lei ainda esta na dependência dos gestores públicos. “Para funcionar é fundamental que a legislação tenha as políticas publicas necessárias validadas. Assim que essa responsabilidade for assumida pela administração publica efetivamente, teremos mulheres seguras e dignadas de uma vida sem violência. Não adianta ter a lei no papel, é necessário ter os agentes políticos que possam criar a políticas públicas necessárias para sanar o problema”, avalia.    

Durante o encontro, a deputada Dirce Heiderscheidt destacou  que a luta contra a violência doméstica é uma das bandeiras defendidas pelo colegiado no Parlamento.

“Haja vista que Santa Catarina apresenta um índice alarmante de violência contra mulher é importante receber essa guerreira que sem medo de enfrentar o problema vem fortalecendo essa corrente de luta contra as mulheres. Exemplos como este fazem o Parlamento, junto ao Governo do Estado, despertar e fortalecer o engajamento contra o problema”, frisou.

Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva

O evento de premiação que  reconhece e premia estudantes e estilistas catarinenses que se destacam na criação de peças diferenciadas que atendam as necessidades das pessoas com deficiência, será nesta quarta-feira (4), na sede da Fiesc, a partir das 19 horas.

Segundo a coordenadora do Prêmio Catarinense De Moda Inclusiva, Jupira Dias da Silva, o evento conta com vários estilistas do mundo todo. Feito a partir de um circuito mundial de moda inclusiva, durou o ano e foi todo realizado em 12 cidades catarinenses com palestra relacionadas à moda inclusiva. "Durante os encontros falamos sobre moda, na expectativa de incentivar os alunos estudantes de moda a participar desse trabalho”, explica.

A coordenadora destaca que o trabalho resultou na seleção de 20 alunos, que apresentaram três "looks" que serão mostrados ao público nesta quarta-feira, durante  o 2º Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva.

 

 

 

› FONTE: ALESC

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