foto: Modalidade distribui 32 medalhas de ouro nos Jasc 2014 - Fábio Queiroz/Agência AL
Ao lado do atletismo, a natação é uma das modalidades que mais distribui medalhas na 54ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), que começou no último sábado (15), em Itajaí. Entre provas masculinas e femininas, são 32 medalhas de ouro em disputa na piscina do Itamirim Clube de Campo.
A modalidade também é uma das que mais revela atletas de ponta no estado, vários deles com passagem por campeonatos mundiais e olimpíadas. Nos Jasc de Itajaí, dois deles participaram das disputas: Eduardo Fischer, cuja prova principal é os 100 metros nado peito, e Daniel Orzechowski, especialista no nado costa. Ambos nasceram e representam Joinville.
Eduardo já está aposentado profissionalmente das piscinas, mas participa normalmente dos Jasc. Foi, inclusive, porta-bandeira da delegação joinvillense na cerimônia de abertura dos Jogos, no último sábado. O nadador tem no currículo participação em duas olimpíadas (Sydney-2000 e Atenas-2004), além de Jogos Panamericanos e mundiais.
Já Daniel disputa os Jasc desde 2002. Atualmente, treina pelo Pinheiros, clube de São Paulo. Em Londres-2012 participou de sua primeira olimpíada e tem como meta estar no Rio do Janeiro, em 2016, para os Jogos Olímpicos.
"É sempre gratificante voltar ao meu estado, participar do Jasc, encontrar os colegas e incentivar essa garotada que está começando", diz Daniel, que começou a nadar em Jaraguá do Sul, numa escola da cidade, e, aos 14 anos, passou a competir pelo Joinville Tênis Clube. "Uso os Jasc como parte do meu treinamento. Acho os Jasc importante para Santa Catarina, principalmente para os mais jovens. É um incentivo para eles", acredita.
Em Itajaí, Daniel conquistou o ouro nos 200 metros costa e nos 50 metros livres. Já Eduardo ficou com bronze nos 100 metros peito. Os dois voltaram às piscinas nesta segunda-feira (17) para brigar por mais medalhas.
Estímulo
Coornenador da modalidade nos Jasc de Itajaí, Marcelo Costa, que é gerente-geral da Federação Aquática de Santa Catarina (Fasc), classificou como bom o nível da competição neste ano. "Mas nós podemos melhorar. A base em Santa Catarina tem bons resultados, mas é preciso mais investimento por parte do estado", acredita.
Costa acredita que esse investimento desse ser feito principalmente no desporto escolar. Para isso, defende que os municípios desenvolvam políticas públicas na modalidade e investam na construção de piscinas, mesmo que de menor porte. "É possível fazer um bom trabalho de base já numa piscina de 12,5 metros. Investir nisso é investir também na saúde, no bem-estar, pois a natação é um esporte que evita problemas na coluna, bronquite", lembra.
› FONTE: ALESC
