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Operação da PF prende servidores públicos suspeitos de crimes de corrupção em Florianópolis

Publicado em 12/11/2014 Editoria: Florianópolis Comente!


foto: Polícia Federal/Divulgação

foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (12), a operação Ave de Rapina, que visa a apuração de um esquema que envolvia o pagamento de mesada a vereadores de Florianópolis por empresários, em troca da aprovação de projetos de seus interesses.

De acordo com a Polícia Federal, a operação também ocorre em Joaçaba e em cidades do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul e Flores da Cunha. A Operação Ave de Rapina cumpre 38 mandados de busca e apreensão, prisão e condução coercitiva.

A investigação comprovou a existência de um esquema de corrupção inserido na Câmara de Vereadores, IPUF (Instituto de Planejamento Urbana de Florianópolis e na FCFFC (Fundação Cultural Franklin Cascaes). Mais de R$ 30 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos.

A PF tem 15 mandados de prisão dos quais 13 foram cumpridos. Durante a ação, o presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, César Faria (PSD), foi levado à sede da PF para prestar depoimento. O presidente da Fundação Cultural Franklin Cascaes(FCFFC), João Augusto Freyesleben Valle Pereira foi preso e o  vereador Marcos Aurélio Espíndola (PSD), considerado foragido,  apresentou-se à PF por volta das 14h.

Também foram presos o ex-comandante da Guarda Municipal de Florianópolis, Jean Carlos Viana Cardoso, e o ex-diretor de operações do IPUF, Júlio Pereira Machado.

O esquema

Foi comprovado que empresas especializadas em radares e lombadas eletrônicas simulavam concorrência em licitações com o apoio de servidores, para garantir a elaboração de contratos com o poder público. Em troca, pagavam mensalmente propina aos integrantes da organização criminosa.

Também foi constatado que empresários especializados em eventos festivos e culturais fraudavam licitações, também com a participação ativa de agentes públicos de Florianópolis, através do recebimento de informações privilegiadas relativas às empresas concorrentes e orientações de como proceder para fraudar a licitação.

A PF realizou buscas e apreendeu documentos nos gabinetes de Faria e do vereador Marcos Espíndola. Ele é acusado de liderar um esquema de favorecimento a empresários na elaboração da Lei da Cidade Limpa, que controla a publicidade de rua na capital.

Nota da Prefeitura

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (12), o prefeito Cesar Souza disse que a prefeitura é a maior interessada no esclarecimento de todas as denúncias e que está à disposição da Polícia Federal e de qualquer órgão de controle para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários. 

O prefeito convocou a imprensa na tarde desta quarta-feira (12) para anunciar a exoneração de três servidores comissionados apontados pela PF como envolvidos em esquema de desvio de dinheiro público e indiciados na chamada Operação Ave de Rapina.

Ele acrescentou que mais afastamentos poderão ocorrer, na medida em que o inquérito instaurado pela Polícia Federal for apontando outros envolvimentos.

Cesar Souza Junior informou também que todos os contratos de empresas com a administração municipal que, segundo o inquérito, apresentem alguma irregularidade, serão suspensos e submetidos a cuidadoso análise por parte da Procuradoria-Geral do Município. "A Prefeitura está ao lado do interesse da verdade e à disposição desse esforço de fiscalização. Não hesitaremos em tomar todas as medidas que se fizerem necessárias", garantiu.

 

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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