Apesar da melhora no último mês, acumulado das consultas para vendas a prazo registra queda de 0,80%, mostra indicador do Serviço de Proteção ao Crédito.
As consultas para vendas a prazo, que sinalizam o ritmo de atividade no comércio, voltaram a crescer levemente no mês de outubro.
Embora a alta verificada seja de apenas 0,07% na comparação com outubro de 2013, houve uma melhora em relação a setembro, quando a queda havia sido de 0,10%. Os dados são do Indicador Mensal de Vendas a Prazo calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a leve alta na comparação anual mostra sinais pontuais de melhora nas vendas a prazo, mas ela alerta que ainda é cedo para falar em reversão de tendência. Ao longo dos dez primeiros meses deste ano, em apenas quatro oportunidades as consultas para vendas a prazo mostraram alta em relação ao nível verificado em 2013.
"As vendas no varejo têm sido influenciadas negativamente pelo desaquecimento da economia e seu impacto sobre a renda e a confiança do consumidor.
Além disso, a inflação em aceleração corrói o poder de compra e a taxa de juros em patamar elevado encarece as parcelas das compras financiadas, desincentivando principalmente o consumo de itens de maior valor" explica a economista.
"Após retração acumulada nos três trimestres deste ano, o varejo tem a expectativa de que nos próximos meses a atividade no comércio volte a apresentar índices melhores em função das festas de fim de ano. O período é marcado pelas contratações temporárias, pagamento de 13o salário e abono salarial. Em pesquisa recente, o SPC Brasil verificou que 87% dos consumidores das capitais têm a intenção de comprar presentes para o Natal", diz a economista.
Consolidado do ano mostra vendas recuando
Como reflexo da atividade econômica estagnada, no acumulado dos dez primeiros meses de 2014, frente à igual período de 2013, as vendas parceladas acumulam queda de 0,80%. Já na comparação mensal, em geral mais volátil, as vendas aceleraram e cresceram 3,36% sobre o mês de setembro, quando a alta havia sido de apenas 0,43% ante agosto.
› FONTE: SPC