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Mais de 330 mil crianças devem ser imunizadas contra o sarampo e a paralisia infantil em Santa Catarina

Publicado em 31/10/2014 Editoria: Saúde Comente!


foto: Divulgação

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O estado receberá 928 mil doses de vacinas. A campanha será realizada entre 8 e 28 de novembro em mais de 100 mil postos do Sistema Único de Saúde.

Manter a erradicação da poliomielite no Brasil e garantir a eliminação do sarampo no país. Esse é o objetivo da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e paralisia infantil, que terá início no próximo dia 08 de novembro.

A expectativa do Ministério da Saúde é de que, em todo o país, mais de 11 milhões de crianças sejam vacinadas. Em Santa Catarina, a expectativa é de que mais de 330 mil crianças sejam vacinadas. Neste ano, o Dia D de Mobilização Nacional será realizado em dois momentos: no primeiro dia da campanha, 8 de novembro, e no dia 22.  A meta é atingir a cobertura vacinal de 95% do público-alvo.

A vacinação contra a poliomielite – responsável pela paralisia infantil – terá como população-alvo 377 mil crianças de seis meses de idade até menores de 5 anos em Santa Catarina. O Ministério da Saúde distribuirá, para o estado, cerca de 528 mil doses da vacina oral poliomielite (VOP) – vacina em gotas – que será utilizada prioritariamente.

No entanto, é recomendada às Coordenações Estaduais de Imunizações a disponibilização da vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável, para as crianças acima de seis meses que estão com esquema vacinal atrasado.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, as campanhas representam o esforço do Brasil em manter a erradicação das doenças e são um exemplo da capacidade do país em manter a qualidade do sistema vacinal.

“As campanhas representam um esforço imenso do Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios em garantir a intensificação e ampliação da cobertura vacinal, tanto da poliomielite quanto do sarampo. O programa nacional de imunização é uma referência internacional e é impressionante que em um país com dimensão continental e tantas diversidades regionais como o Brasil consigamos não só manter uma alta cobertura, mas também uma oferta de vacinas gratuitas e de muita qualidade”, avaliou.

Já a vacina tríplice viral, destinada à vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola, será aplicada em crianças de um ano a menores de 5 anos. A estimativa é promover a vacinação de 333 mil crianças em Santa Catarina. O Ministério da Saúde distribuirá cerca de 400 mil doses da vacina.  A campanha de seguimento contra o sarampo será realizada em todas as Unidades da Federação.

A vacina oral poliomielite (VOP) é segura e são raras as reações associadas ao seu uso nas duas primeiras doses do esquema básico. Com a introdução da vacina inativada poliomielite (VIP) em 2012 substituindo estas duas primeiras doses, o risco é considerado baixíssimo. Quanto à vacina tríplice viral, são poucas as reações como febre ou dor no local da administração, sendo geralmente bem toleradas.

“A meta é vacinar cerca de 12,7 milhões de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos. Então, toda criança nessa faixa etária deve tomar a vacina, independente da vacinação que ela tem na carteira de vacinação. Ou seja, essa vacina é uma dose extra e foi isso que permitiu a erradicação da poliomielite. Mesmo que a criança esteja com o calendário completo, essa é uma dose adicional que é dada”, informou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Para a realização da campanha, estarão disponíveis mais de 100 mil postos espalhados por todo o país, 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais).

Para que sejam cumpridas todas as fases da imunização, as vacinas contra a poliomielite, o sarampo, rubéola e caxumba continuam disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde.

POLIOMIELITE NO BRASIL

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Desde então, não houve novos casos registrados e, em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.

A continuidade das campanhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país, uma vez que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que entre 2013 e 2014, 10 países registraram casos da doença e três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral. 

SARAMPO

Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação.

Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados no país, com concentração em Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença e com o fluxo de turismo e comércio entre os países o risco de contaminação se eleva.

O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.

 

 

 

› FONTE: Agência Saúde do Governo

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