Assim como os humanos, os animais precisam de atenção redobrada no verão, para prevenir doenças, proliferação de parasitas e desconfortos causados pelo calor e a umidade.
Os cães e gatos também podem sofrer queimaduras de sol, ficar desidratados, se sentir estressados ou incomodados sob altas temperaturas. O Hospital Veterinário Santa Catarina (HOVET-SC) reuniu algumas dicas para ajudar a garantir o bem-estar dos pets nesta época:
VIROSES
No Hospital Veterinário Santa Catarina, o número de internações por gastroenterite hemorrágica chega a dobrar nos meses de verão. De acordo com o diretor, Carlos Pantaleo, o sintoma é um agravante de patologias como cinomose e parvovirose, que se manifestam mais intensamente em altas temperaturas, especialmente quando há falhas no protocolo de imunização ou quando o animal recebe vacinas inadequadas. Para preservar a saúde do animal é necessário seguir rigorosamente o calendário anual de vacinação, exigindo a aplicação de produtos de boa qualidade, devendo ser obrigatoriamente realizada por um médico veterinário.
SOMBRA E ÁGUA FRESCA
Os bichinhos estão mais perto do solo do que nós, por isso sentem com mais intensidade o calor refletido das calçadas e pavimentos. Caminhar ou brincar sob o sol forte pode desidratá-lo, causar doenças de pele e queimaduras nas patas. Limite os passeios aos horários menos ensolarados (antes das 9h ou após as 18h) e ofereça água fresca a vontade, o dia inteiro.
TOSA
O ideal é adotar uma tosa mais baixa e frequente no verão, para aumentar o bem-estar do seu pet. Com os pelos curtos, além de amenizar o calor, será mais fácil observar a presença de picadas, parasitas, ferimentos que podem infeccionar ou outras anormalidades na pele.
ALIMENTAÇÃO
Continue a dar a mesma alimentação que ele está habituado, porém, é normal que durante o dia o animal tenha menos apetite.
HIPERTERMIA
Os cães não transpiram pela pele como nós, portanto, o controle de sua temperatura corporal ocorre por meio da respiração.
Quando submetidos a calor intenso, cansaço ou estresse podem ter dificuldade para perder calor e entrar em um processo chamado hipertermia, em que a temperatura corporal sobe de maneira aguda e exacerbada, levando ao mal estar, aumento da frequência respiratória, inquietação, distúrbios de coagulação sanguínea, vômitos e até parada cardíaca.
Os animais de focinho curto tendem a sofrer ainda mais com as altas temperaturas. Por isso, evite situações de calor intenso (passeios em horários mais quentes, ficar em carro parado por muito tempo ou viagens longas). Se o cão estiver ofegante, procure lugares adequados para que ele possa se refrescar e ofereça água fresca.
PARASITAS
Nesta época também é mais comum a proliferação de pulgas, carrapatos e outros ectoparasitas. Para prevenir sua infestação, o ideal é adotar uma tosa mais curta e usar produtos apropriados para o combate, tanto no animal quanto no ambiente. Procure aplicar antipulgas a cada 30 dias. Se perceber sinais de parasitas, procure um veterinário, para que ele indique o melhor controle.
CÂNCER DE PELE
Cães e gatos também podem desenvolver câncer de pele se expostos ao sol. A incidência é maior em animais brancos, de pelagem curta e pele rosada. Mas também pode ocorrer nos pets que tenham focinho, orelhas, região dos olhos e abdome despigmentados.
Em todos estes casos, quando for inevitável a exposição ao sol, deve-se aplicar filtro solar próprio para animais, indicado por um médico veterinário.
Vai viajar? O que fazer com o seu bichinho de estimação?
Com o início das férias, quem programou uma viagem ou aquela temporada na praia deve se preocupar também com o bem-estar do seu pet durante o período de diversão. Veja o que fazer:
SE FOR LEVAR O ANIMAL JUNTO
- Cheque antes de sair de casa se os hotéis, pousadas ou casas onde ficará hospedado aceitam animais.
- Se viajar de carro, o pet deve ser transportado em caixa apropriada ou preso em cinto de segurança adequado. Se a viagem for mais longa, programe paradas para alimentar e hidratar o animal.
- Em viagens de avião, informe-se sobre o procedimento e regras da companhia aérea para transporte de animais.
- Nos destinos domésticos é preciso apresentar carteira de vacinação com protocolo em dia de vacinas (múltipla e antirrábica) e vermífugo, além de atestado sanitário emitido por um médico veterinário.
- Para viagens internacionais é obrigatório, ainda, o Certificado Zoossanitário Internacional, emitido por médicos veterinários do Ministério da Agricultura que atendem nos aeroportos internacionais (consultas sob agenda). Algumas companhias e países podem ter outras exigências. Informe-se a respeito.
- Para embarcar com animais silvestres é necessária autorização emitida pelo IBAMA.
SE OPTAR POR DEIXAR O ANIMAL
- Em viagens mais longas ou prolongadas o ideal é deixar o seu pet em casa, para poupá-lo do estresse. Neste caso, é fundamental deixar alguém responsável por atendê-lo diariamente, garantindo seu conforto nos dias de ausência do dono.
- Providencie instalações adequadas e peça ao cuidador para renovar a água e a comida pelo menos uma vez por dia. Também é importante manter a rotina de caminhadas ou outra atividade para exercitá-lo diariamente.
- Se for deixá-lo com familiares ou amigos em ambientes diferentes ao que está habituado é importante certificar-se de que as instalações são ideais para o bem-estar do animal, para evitar estresse e fugas. Especialmente se neste novo ambiente provisório existirem outros animais.
- Se optar por um hotelzinho, procure conhecer a estrutura, a forma de atendimento e as rotinas dispensadas aos animais, para evitar o estresse. Nestes locais também é importante que os animais tenham alimentação e hidratação regularmente e se exercitem todos os dias.
› FONTE: New Age Comunicação