Os deputados criticaram na sessão desta terça-feira (28) o clima de divisão do país propagado pelas redes sociais e retomaram a discussão sobre a reforma política.
Dirceu Dresch (PT) defendeu o fim do financiamento privado de campanhas e garantiu que o país não está divido por região ou por renda. “Não há um lado vermelho e outro azul, há diversos matizes”, argumentou, acrescentando “que se criou um falso debate de ricos contra pobres”.
Ana Paula Lima (PT) defendeu a liberdade de expressão. “Nos meios de comunicação, nas redes sociais e nas rodas de família”, elencou, destacando que o projeto petista é fazer o país “crescer com justiça social para todos”.
A deputada lamentou o comportamento “da mídia, da Veja, dos banqueiros e empresários”, que se uniram para derrotar Dilma Vana Rousseff. Ana Paula destacou o pronunciamento da presidente reeleita, que conclamou “todos a unirem-se em favor do nosso país”.
Serafim Venzon (PSDB) condenou a reeleição e as coligações como os males da democracia tupiniquim. “Se a gente observar nas nossas cidades e no estado quem vai a favor de quem está no poder vai em troca de algo valoroso, ou por um poder que pode se transformar em cifrão, ou pelo próprio cifrão”, analisou, referindo-se ao troca-troca de ministérios, secretarias, diretorias e outras nomenclaturas.
“De quem está no poder se cobra e o prefeito, o governador ou o presidente pode pagar”, observou o representante de Brusque, que condenou a reeleição por causa das condutas aéticas dos políticos. “Não podemos exigir que sejam santos, eles vão usar todos os instrumentos para ganhar a reeleição”, garantiu Venzon, que sugeriu como “cura” o fim da reeleição. “Acaba o comprador e o vendedor”, reconheceu.
Além disso, Venzon disparou contra as coligações partidárias. “Ninguém se coliga gratuitamente, todos exigem algo em troca, dinheiro ou mais do que isso, a presidente é obrigada a pagar”, especulou o parlamentar. “É preciso acabar com as coligações”, decretou.
Ismael dos Santos (PSD) admitiu que o Brasil está dividido “em categorias, em formas de pensamento e em formas de administrar”, mas sugeriu que “o que ficou para trás, lá tem de ficar”. O deputado também pediu o fim dos “sentimentos amargos, azedos, que não contribuem para a democracia”.
José Milton Scheffer (PP) elogiou o debate presidencial. “Demonstrou amadurecimento e equilíbrio de forças”, avaliou, ponderando que o resultado foi “um recado para a presidente de que o governo precisa mudar para atender bem a população”. Scheffer lembrou que mais de 50 milhões de brasileiros confiaram na oposição. “Quero cumprimentar o PT e o PSDB e desejar que os próximos quatro anos sejam de progresso e oportunidades, para todas as regiões”, frisou o representante de Sombrio.
› FONTE: ALESC