Petista supera o tucano Aécio Neves na disputa mais acirrada desde 1989 e garante quarto mandato presidencial consecutivo ao PT.
Marcada pelo imponderável, com ingredientes como a morte trágica de um dos presidenciáveis, e pelo clima acirrado de disputa entre os candidatos, a eleição presidencial de 2014 terminou com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), em segundo turno, com 51,38% dos votos válidos. O tucano Aécio Neves (PSDB) aparece com 48,62%, faltando menos de 3% para o encerramento da apuração.
Essa foi a diferença mais apertada desde 1989, quando Fernando Collor (então no PRN) derrotou Lula (PT). Desacreditada em vários momentos por seus aliados, a petista foi reconduzida ao Palácio do Planalto em meio a denúncias de corrupção na Petrobras e questionamentos sobre a condução da economia.
Com isso, o PT caminha para o seu quarto mandato presidencial consecutivo – ampliando a maior série obtida por um partido desde a redemocratização.
A campanha eleitoral foi marcada também pela agressividade. Após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e a entrada de Marina Silva (PSB) como sua substituta, a corrida sucessória sofreu seu primeiro revés, com uma ameaça real de derrota para o PT. Dilma, até então, aparecia nos levantamentos com possibilidade de se reeleger em primeiro turno.
A propaganda petista centrou fogo na ex-senadora para evitar um embate entre as duas no segundo turno. Já nas primeiras pesquisas com Marina, Aécio caiu para o terceiro lugar em todas as pesquisas de intenções de votos. A continuidade de sua campanha chegou a ser posta em xeque.
O tucano cresceu nas pesquisas nas duas semanas que antecederam o primeiro turno e acabou tirando Marina da disputa. Ele chegou a figurar à frente da petista nas primeiras pesquisas realizadas após sua passagem ao segundo turno.
Enquanto o PSDB explorava denúncias envolvendo a Petrobras, o PT optou por tentar desconstruir o adversário. Dilma também relembrou escândalos da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a decisão de Aécio de anunciar antecipadamente que Armínio Fraga seria o seu ministro da Fazenda.
› FONTE: Congresso em foco