Reunião na FIESC discutiu o andamento dos projetos das ferrovias Litorânea e da Integração.
Assim como a duplicação do trecho Sul da BR-101, a construção da ferrovia Litorânea sofre atraso com a indefinição sobre a transposição da área indígena do Morro dos Cavalos, em Palhoça.
O impasse sobre a definição do trajeto da ferrovia foi explicado pelo engenheiro Robson Sebastiany, engenheiro da Prosul, em reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nesta quinta-feira (23).
Segundo o engenheiro, que representa uma das empresas contratadas para realizar o projeto básico de engenharia, a Funai propôs que a ferrovia passe por trás da Serra do Tabuleiro, evitando o Morro dos Cavalos. Esta alteração levaria a um aumento de 30 quilômetros na extensão da ferrovia, além de exigir a construção de sete túneis, com o maior deles com 56 quilômetros de extensão. Desta forma, ainda de acordo com Sebastiany, a ferrovia se tornaria economicamente inviável.
O presidente da Câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, defendeu um reforço na mobilização da sociedade pela ferrovia. "Precisamos encontrar uma solução que viabilize esta importante obra", afirmou Aguiar.
A elaboração do projeto básico de engenharia foi contratada em dezembro de 2009, com previsão de conclusão para maio de 2014. No entanto, a definição do trajeto no trecho que vai de Imbituba a Tijucas está paralisada, à espera de um Termo de Referência da Funai.
Também participante do consórcio responsável pela elaboração do projeto da ferrovia da Integração, que liga Dionísio Cerqueira ao Litoral, o engenheiro da Prosul ressaltou que todas as alternativas de trajeto serão estudadas. A definição, segundo Sebastiany, será feita com base em critérios de viabilidade econômica.
Morro dos Cavalos
A polêmica envolvendo a criação e ampliação da reserva indígena do Morro dos Cavalos também foi abordada na reunião. Um grupo formado por Walter Bensousan, pelo índio Milton Moreira, descendente da primeira família de indígenas a ocupar a área, e por dois advogados, contestou o processo de demarcação da área.
› FONTE: FIESC